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Mulher denuncia não ser promovida por ter doença autoimune: 'vai morrer'

Skevi Constantinou, 36, abriu o próprio negócio após vivenciar experiências traumatizantes - Reprodução/LinkedIn
Skevi Constantinou, 36, abriu o próprio negócio após vivenciar experiências traumatizantes Imagem: Reprodução/LinkedIn

Do UOL, em São Paulo

09/01/2023 04h00Atualizada em 09/01/2023 08h36

Uma mulher de Birmingham, na Inglaterra, diagnosticada com uma doença autoimune, foi informada pelo próprio chefe que não "merecia uma promoção, pois morreria em breve". Skevi Constantinou, 36, tem uma condição rara e, segundo ela, precisa sempre tomar muito cuidado no ambiente de trabalho para não ser infectada por outras doenças.

Em entrevista ao jornal britânico Metro, ela afirmou que foi submetida a anos de bullying enquanto trabalhava como assistente executiva em diferentes empresas. A alegação do chefe foi apenas uma entre tantas afirmações e situações desconfortáveis que ela enfrentou ao longo da carreira.

"Sempre que começo um novo emprego, faço uma avaliação de saúde ocupacional para estar o mais segura possível e tenho que evitar coisas como trabalhar em mesas compartilhadas e usar elevadores lotados", explicou ela, sem entrar em detalhes sobre a doença.

Segundo ela, em outro episódio, uma funcionária tossiu contra o seu próprio rosto.

"Eu estava no trabalho esperando para usar o elevador. Não posso usar elevadores superlotados, então esperei pacientemente, mas uma colega saiu do elevador, veio até meu rosto e tossiu. Depois, ela disse: 'Espero que isso não te mate'."

A situação levou Skevi a desenvolver ansiedade e, de acordo ela, os médicos chegaram a informar que ela provavelmente "morreria se o bullying não parasse".

Skevi relembrou outra situação, na qual enfrentava um luto. "Enquanto eu tinha que lidar com essa terrível perda, meus colegas espalharam rumores pelo escritório de que eu estava mentindo sobre a perda de parentes apenas para poder tirar uma folga do trabalho", contou.

"Não consigo nem colocar em palavras o quanto isso me afetou. Todas as noites, eu chegava do trabalho cheia de ansiedade a ponto de vomitar e passava o tempo me preocupando com o que o dia seguinte traria."

Combate ao assédio moral no trabalho

Após as experiências traumáticas, Skevi decidiu montar o seu próprio negócio. Com o The PA Way, ela treina assistentes em todo o mundo e lançou uma campanha para combater o assédio moral no ambiente de trabalho.

"A campanha é para introduzir uma lei antibullying no Reino Unido com foco no bullying no ambiente de trabalho. Eu não posso acreditar que ainda não exista uma lei como esta no país", opinou.

Skevi criou uma petição online para enviar ao governo. "Não deixe os valentões vencerem, faça parte da história e mude a lei. Quero iniciar um movimento para ajudar a vida de outras pessoas, que merecem ir trabalhar com respeito e segurança, e para conscientizá-las, pois esse é um problema do ambiente de trabalho."