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Grande júri de NY indicia Donald Trump em caso de suborno a atriz pornô

Do UOL, em São Paulo

30/03/2023 18h53Atualizada em 31/03/2023 06h28

Um grande júri da Justiça de Nova York indiciou o ex-presidente dos EUA Donald Trump por supostamente comprar o silêncio de uma atriz pornô nas eleições de 2016 e esconder a natureza do pagamento.

O que aconteceu:

Trump é acusado de ter pago US$ 130 mil à atriz pornô Stormy Daniels para que ela mantivesse silêncio sobre um suposto relacionamento extraconjugal.

É a primeira vez na história dos EUA que um ex-presidente é indiciado.

Agora, Trump deverá se apresentar para ouvir a acusação que pesa contra ele. Se não aparecer voluntariamente, a Justiça pode mandar prendê-lo.

A defesa do ex-presidente foi contatada pela equipe da promotoria para "coordenar sua rendição".

A Justiça de Nova York vai julgar se Trump deu declarações falsas (um delito menor) ou se descumpriu as leis sobre financiamento de campanhas (um delito grave).

Trump disse que é alvo de "perseguição política" e que "essa caça às bruxas vai sair pela culatra"

A defesa de Stormy Daniels disse que o indiciamento de Trump "não é motivo de alegria". "Agora que a verdade e a justiça prevaleçam", falou Clark Brewster.

Ser indiciado na Justiça dos EUA não significa que a pessoa é culpada, mas que ela foi acusada formalmente de um crime após investigação policial.

Uma faixa com a frase "Trump mente o tempo todo" é exibida na calçada em frente ao gabinete da Procuradoria de Manhattan - Ed Jones/AFP - Ed Jones/AFP — Uma faixa com a frase "Trump mente o tempo todo" é exibida na calçada em frente ao gabinete da Procuradoria de Manhattan
Imagem: Ed Jones/AFP

Relembre o caso

Michael Cohen, antigo advogado e "faz-tudo" de Trump, diz que seguiu uma ordem do republicano em 2016 e pagou US$ 130 mil para que Stormy Daniels não revelasse um caso extraconjugal com Trump, que já era casado com Melanie.

O pagamento não seria ilegal, mas foi justificado como "honorário advocatício" para Michael Cohen —uma tentativa de esconder a natureza do pagamento, o que pode ser considerado criminoso.

Os promotores do caso dizem que houve uma falsificação de registro comercial, além de uma tentativa de Trump para esconder dos eleitores sua relação extraconjugal.

(Com Ansa, AFP, Reuters e RFI)