Oficial que fiscaliza moral é afastado por vídeo de sexo com homem no Irã
Colaboração para o UOL
31/07/2023 16h08
Um vídeo de conteúdo sexual vazado no Irã levou ao afastamento de um oficial responsável pela promoção da moral e dos valores islâmicos.
O que se sabe:
A gravação mostra o chefe de cultura e orientação islâmica da província de Gilan, Reza Tsaghati, supostamente envolvido em atividades homossexuais, segundo apurou a BBC. A autenticidade das imagens e as identidades envolvidas não foram verificadas.
As cenas foram divulgadas pelo canal Telegram Radio Gilan, conhecido por expor alegados casos de corrupção entre oficiais do regime.
Inicialmente, as autoridades iranianas permaneceram em silêncio após o vazamento do vídeo, mas o departamento de cultura e orientação islâmica de Gilan emitiu uma declaração posteriormente, encaminhando o caso às autoridades judiciais.
Tsaghati foi afastado do cargo enquanto as autoridades investigam o caso. Ele é fundador de um centro cultural focado em piedade e no uso do hijab (roupas obrigatórias para as mulheres, segundo o regime islâmico.
O ministro da cultura do Irã, Mohammad Mehdi Esmaili, afirmou que não havia relatórios negativos sobre Tsaghati antes da publicação do vídeo.
Relações homoafetivas são proibidas no Irã
A homossexualidade é ilegal no Irã e as pessoas LGBTQIA+ enfrentam risco de assédio, abuso e violência.
A lei iraniana, baseada na Sharia, considera as relações homoafetivas como crimes, com pena máxima de morte, embora a punição extrema seja raramente aplicada.
As mulheres no Irã também enfrentam punições severas por não usarem o hijab obrigatório, como exemplificado pelos protestos nacionais após a morte de Mahsa Amini.