Equador: presidente declara estado de exceção após assassinato de candidato
Em pronunciamento na madrugada de hoje, o presidente do Equador, Guillermo Lasso, decretou estado de exceção no país após o assassinato do candidato à presidência Fernando Villavicencio.
O que aconteceu
- Ao anunciar o estado de exceção, Lasso explicou que as Forças Armadas foram mobilizadas em todo o território para garantir a segurança nas eleições, que foram mantidas para 20 de agosto.
- O presidente do Equador também decretou luto oficial de três dias pela morte de Villavicencio. O candidato à presidência morreu na quarta-feira (9) com três tiros na cabeça enquanto encerrava um compromisso de campanha.
- Lasso condenou a morte de Villavicencio e a classificou como um "crime político". Horas antes de seu pronunciamento, o presidente do Equador escreveu nas redes sociais que estava "indignado e chocado" com o assassinato.
Entenda o caso
- Villavicencio, 59, foi assassinado depois de sair de um encontro político na cidade de Quito. O médico Carlos Figueroa, amigo do candidato e que estava com ele no momento do ataque, relatou à imprensa que houve cerca de 30 disparos durante o atentado.
- Candidato pelo Movimento Construye, ele foi morto por volta das 18h20 do horário local, segundo o jornal El Universo. Ele chegou a ser socorrido para a Clínica da Mulher, hospital mais próximo do local do crime, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no centro de saúde.
- O ataque ocorreu no Colégio Anderson, no centro-norte de Quito. Villavicencio era um dos oito candidatos das eleições presidenciais que ocorrerão no dia 20 de agosto no Equador, país que enfrenta um aumento da violência relacionada ao tráfico de drogas.
- As ruas ao redor do colégio foram fechadas e a polícia nacional tenta localizar os responsáveis pelo ataque. Um dos suspeitos de efetuar os disparos foi morto depois de uma troca de tiros com a polícia nacional, de acordo com o Ministério Público. Outros seis suspeitos de envolvimento no crime foram presos.
- Ao menos 9 pessoas ficaram feridas no ataque, incluindo uma candidata à deputada e dois policiais, segundo o Ministério Público, que acompanha as investigações do caso. Sete feridos estão internados na mesma clínica para onde o presidenciável foi socorrido.
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