Prigozhin: Veja a queda de avião em que estava líder do grupo Wagner
Do UOL*, em São Paulo
23/08/2023 15h46Atualizada em 23/08/2023 17h24
Vídeos divulgados em redes sociais mostram a queda do avião em que estaria o líder do grupo mercenário Wagner, Yevgeny Prigozhin, ocorrido hoje na região de Tver, na Rússia, a cerca de 180 km de Moscou, de acordo com a agência nacional de aviação russa.
O que aconteceu:
Yevgeny Prigozhin estava a bordo do avião que caiu, segundo a Agência Federal de Transporte Aéreo da Rússia. Um canal do Telegram afiliado aos mercenários também confirmou a morte de Prigozhin, segundo a Reuters.
O jato executivo Embraer Legacy ia de Sheremetyevo, cidade próxima à capital Moscou, até São Petersburgo.
Dez pessoas estavam a bordo, três pilotos e sete passageiros. Ninguém sobreviveu, segundo o Ministério de Emergências da Rússia.
Avião estava no ar havia menos de meia hora quando caiu. A mídia local cita que oito corpos foram encontrados até o momento. A operação de resgate continua.
Em junho deste ano, os mercenários se rebelaram contra o governo do presidente Vladimir Putin e invadiram instalações militares, no que foi a maior crise militar interna na Rússia desde o início da década de 1990.
Grupo Wagner desafiou governo Putin em junho
Em junho deste ano, grupo de mercenários ameaçou derrubar o comando militar russo. Eles tomaram o controle de instalações militares e disseram que "iriam até o fim" contra o governo de Putin.
Tensão vinha crescendo há meses. Os mercenários do grupo lutam pela Rússia na guerra contra a Ucrânia, e Prigozhin já havia reclamado que não havia equipamento suficiente, e que Putin tomava para si vitórias obtidas pelos combatentes do Wagner.
Estopim foi acusação de que comando militar russo teria ordenado bombardeios de bases do Wagner, matando vários dos mercenários.
Putin chamou motim de "ameaça mortal para o país", e disse que traição resultaria em "punição inevitável".
Belarus mediou acordo entre grupo mercenário e governo russo. Algumas horas depois do início da movimentação, o governo bielorrusso disse que as duas partes chegaram a um consenso, que garantia a segurança de todos os membros do grupo. Os mercenários, então, desocuparam as instalações.
(Com Reuters)