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Putin agradeceu negociação com mercenários russos, diz Belarus

O presidente de Belarus, Alexander Lukashenko - Vasily Fedosenko/Reuters
O presidente de Belarus, Alexander Lukashenko Imagem: Vasily Fedosenko/Reuters

Do UOL, em São Paulo

24/06/2023 16h43Atualizada em 24/06/2023 22h51

O presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, negociou neste sábado (24) um acordo com o líder mercenário russo Yevgeny Prigozhin — que concordou em interromper o avanço do grupo Wagner.

O que aconteceu

O líder de Belarus é um dos únicos aliados do presidente russo, Vladimir Putin. O país faz fronteira com a Rússia e a Ucrânia, e o presidente Lukashenko já sinalizou que poderia entrar na guerra entre os dois vizinhos caso o seu país seja atacado.

Putin conversou com Lukashenko pela manhã. Na sequência, as negociações continuaram e resultaram no acordo anunciado pelo presidente de Belarus.

Como resultado, chegaram a um acordo sobre a inadmissibilidade de desencadear um massacre sangrento no território da Rússia. O Presidente da Rússia apoiou e agradeceu ao seu homólogo bielorrusso pelo trabalho realizado.
Comunicado divulgado pelo governo de Belarus

Depois, Prigozhin reconheceu que haveria "derramamento de sangue russo", e disse que daria meia volta, de acordo com agências de notícias internacionais. Ele afirmou que ordenou o retorno das tropas para suas bases.

Segundo o gabinete do presidente de Belarus, o acordo ofereceu uma garantia de segurança para todos os membros do grupo Wagner.

Negociações e apoio

Antes, Lukashenko já havia organizado as negociações entre russos e ucranianos. Mas, ao mesmo tempo, ofereceu o país como base para tropas russas invadirem a Ucrânia.

A aliança de Belarus e o Kremlin permitiu inclusive que o país obtivesse armas nucleares pela primeira vez desde que conquistou a independência da URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas), no início da década de 1990.

Lukashenko disse que os planos de Moscou de posicionar armas nucleares no território de seu aliado próximo ajudariam a proteger Belarus — que, segundo ele, estaria sob ameaça do Ocidente. A afirmação foi em um discurso anual para parlamentares e funcionários do governo.

*Com agências