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World Trade Center: Como está o local dos ataques de 11 de setembro hoje?

World Trade Center Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

11/09/2023 13h16

Após os ataques de 11 de setembro de 2001 e a inevitável redução às cinzas das torres do World Trade Center, em Nova York, nos EUA, muito se especulou sobre o futuro do local do atentado. Embora as imagens das Torres Gêmeas em chamas tenham sido trágicas, a ideia foi erguer outro arranha-céu no lugar, além de um memorial em homenagem às vítimas.

Propostas foram apresentadas pouco tempo depois da queda dos prédios e concursos foram realizados. Uma delas saiu vencedora: a da Freedom Tower (Torre da Liberdade, em português) - hoje chamada de One World Trade Center.

O arranha-céu foi fundado em 2014 e automaticamente recebeu o título de edifício mais alto dos Estados Unidos. A imponente estrutura se eleva a 541 metros acima do horizonte de Manhattan.

Desde sua concepção, a torre foi pensada como uma demonstração de resiliência de Nova York, uma visão para o futuro apesar da tragédia. É o que explicou Kenneth Lewis, um dos arquitetos do estúdio Skidmore, Owings and Merrill (SOM), responsável pelo projeto.

Era o começo do milênio, era preciso encarnar uma nova geração de edifícios, tanto em termos de segurança quanto de impacto para o meio ambiente
Kenneth Lewis, arquiteto do estúdio SOM

Vista do One World Trade Center, ao centro Imagem: Unsplash/Lucas Franco

Como é o One World Trade Center?

A torre tem, ao todo, 104 andares e 541 metros. A altura do prédio tem um valor simbólico - convertida, são 1.776 pés, número que corresponde ao ano de independência dos Estados Unidos.

A estrutura do prédio, em estilo pós-moderno, é composta por concreto armado e aço, com a fachada revestida com vidro à prova de balas e alumínio.

O edifício ocupa uma área de 241.548 m² e conta com 73 elevadores.

Novas normas de segurança e evacuação

As imagens de pessoas pulando no vazio para escapar do fogo no World Trade Center estão entre as mais marcantes do 11/09.

Após os atentados, muitas discussões trataram sobre como evacuar as pessoas além das escadas.

Cogitou-se sobre uma espécie de cabo ao qual as pessoas se prenderiam antes de saltar ou uma espécie de duto gigante pelo qual as pessoas poderiam deslizar.

Por fim, a solução foi "blindar o coração do edifício com cimento reforçado e fazê-lo suficientemente amplo para que as pessoas possam sair por ali".

Muitas novas normas de segurança estrearam no "One WTC" e depois se tornaram padrão. Por exemplo, a ampliação das caixas das escadas e a instalação de um sinal luminoso no chão, como o dos aviões.

Também foram instaladas câmeras e ferramentas de comunicação resistentes ao fogo em cada andar para permitir aos socorristas acompanhar a situação a todo momento.

O objetivo final, segundo Lewis, é "evacuar todo o edifício em no máximo uma hora".

O One World Trade Center Imagem: Getty Images

Os bombeiros participaram da concepção do projeto. "Ele tinham sofrido um trauma tão grande que deviam fazer parte da solução", diz o arquiteto.

Foram eles, por exemplo, que exigiram um sistema de resgate capaz de corrigir uma falha nos geradores, como ocorreu em 11 de setembro de 2001, a fim de manter a eletricidade pelo maior tempo possível para evacuar o prédio.

"Era preciso identificar todas as ameaças com as quais um edifício deve trabalhar" sem transformá-lo "em uma fortaleza à qual ninguém quer vir trabalhar".

Se o Memorial para as Vítimas do 11/9 simboliza "o vazio" provocado pelos atentados, segundo Lewis, a torre "representa o (lado) positivo", "um lugar de inovação e reflexão, portador de conceitos modernos de segurança".

* Com informações de reportagens publicadas em 12/09/2011 e 26/08/2021.

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