Turista dos EUA é preso por destruir estátuas romanas em museu de Israel
Colaboração para o UOL
06/10/2023 10h19
Um turista americano foi preso ontem (5), como suspeito de destruir estátuas dentro do Museu de Israel, em Jerusalém, que, segundo ele, ofenderiam sua sensibilidade religiosa.
O que se sabe:
Policiais foram chamados ao local na noite de ontem, depois que um visitante do museu destruiu intencionalmente e danificou várias esculturas, segundo um comunicado da polícia local.
Fotos divulgadas pelas autoridades mostraram duas esculturas derrubadas de pedestais e quebradas em vários pedaços na ala de arqueologia do museu.
As peças pareciam ser uma cabeça de Atenas do século II dC, descoberta em 1978 em Tel Naharon, perto de Beit She'an, e uma estátua de um grifo segurando uma roda do destino, representando o deus romano Nêmesis, datada de 210-211 dC e descoberta em 1957 no norte do Negev, segundo apurou o jornal The Times of Israel.
O museu informou que os dois artefatos destruídos eram "antigas estátuas romanas datadas do século 2 DC (Depois de Cristo)", que estavam expostas na ala de arqueologia, e confirmou que elas não eram cópias, mas os objetos originais.
A polícia disse que um segurança do museu deteve o turista de 40 anos antes que a polícia chegasse e o prendesse. O museu forneceu a foto de um pedaço de pau com o qual o suspeito foi flagrado vagando pelo museu, e que pode ter usado para realizar o ataque.
Motivação religiosa
O suspeito foi interrogado pela polícia, que pretende solicitar ao juiz a negação da fiança. A avaliação inicial dos agentes é que o homem destruiu as estátuas porque acredita que elas são "contra a Torá", de acordo com um comunicado policial.
As esculturas danificadas foram transferidas para o laboratório de conservação do museu para restauração profissional. Chamando o incidente de "preocupante" e "grave", o museu disse que, no entanto, não afetaria suas operações ou horário de funcionamento.
Sucot é uma época popular para os turistas visitarem Israel, muitos vindos da América do Norte em particular, segundo o The Times of Israel.
Em fevereiro deste ano, um turista americano foi preso por vandalizar uma estátua no interior da Igreja da Flagelação, na Cidade Velha de Jerusalém.