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Campanha de Biden responde com ironia ao apelo do NY Times para desistência

O presidente dos EUA, Joe Biden, durante evento de campanha em Raleigh, na Carolina do Sul Imagem: Mandel Ngan/AFP

Do UOL, em São Paulo

29/06/2024 16h36

A campanha do presidente Joe Biden reagiu ao pedido feito pelo jornal The New York Times para que ele desista de concorrer à reeleição, após o seu fraco desempenho contra Donald Trump em debate na CNN.

O que aconteceu

Declaração foi feita por Cedric Richmond, copresidente da campanha de Biden. À CNN, o conselheiro reagiu com ironia ao editorial publicado pelo principal jornal dos Estados Unidos.

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"A última vez que Joe Biden perdeu o apoio do conselho editorial do New York Times, as coisas acabaram muito bem para ele", disse.

Richmond diz ter 100% de confiança em chefe da Casa Branca. Ele acrescentou ainda que será apenas decisão de Biden, se vai continuar ou não na disputa com Trump.

The New York Times diz que Biden se esforçou para chegar ao fim de frases. Em editorial, publicado nesta sexta-feira (28), o diário afirmou considerar Trump uma ameaça e pediu para que o democrata desista da campanha pela reeleição. A publicação descreveu Biden ainda como "a sombra de um grande servidor público".

O presidente precisava convencer o público americano de que ele estava à altura. Em vez disso, era claro de se ver: Biden não é o homem que era há quatro anos. O presidente apareceu como a sombra de um grande servidor público (...) Mais de uma vez, ele se esforçou para chegar ao fim de uma frase
NYT, em editorial publicado nesta sexta-feira (28)

O jornal acrescenta na sequência: "O maior serviço público que o senhor Biden pode fazer agora é anunciar que não continuará se candidatando à reeleição".

Outras reações e pressão por desistência

The Wall Street Journal também pede para que democratas revejam candidatura. A publicação classificou o desempenho de Biden no debate como "cambaleante". E mais: afirmou que o democrata parecia completamente perdido.

O desempenho cambaleante do presidente Biden no debate mostrou claramente que ele não está preparado para cumprir mais quatro anos no cargo. Para o bem do país, mais ainda do que o seu partido, os democratas têm que pensar muito sobre a necessidade de substituir o topo da sua chapa.
Trecho de editorial do WSJ

O WSJ segue com as críticas: "Ele ainda consegue se lembrar de uma fala ou política ocasionalmente. Mas sem um roteiro fornecido por seus assessores, e sem seu teleprompter habitual, o presidente parecia e soava perdido".

Candidato da chamada "terceira via" se ofereceu para substituir Biden. Robert F. Kennedy Jr. disse estar disposto a substituir Joe Biden, pelo Partido Democrata, na eleição presidencial. Ele ficou de fora do debate, mas esteve em um programa transmitido pelas redes sociais, simultaneamente.

Em uma das perguntas, o apresentador Chris Cuomo questionou. "Você estaria aberto para conversar com eles [os democratas] se entrassem em contato com você?". O candidato respondeu: "É claro que eu falaria com eles. Isso me colocaria nas urnas sem que ninguém tentasse me tirar".

Assessor diz que Biden não pensa em desistir. Embora tenha sido alvo de críticas por desempenha fraco, no debate da CNN, um colaborador da campanha de Biden afirmou à rede de TV ABC News que ele não pensa em desistir das eleições e que está comprometido com um segundo debate.

Em comício na Carolina do Norte, mais cedo, o chefe da Casa Branca reconheceu o desempenho ruim no debate. "Não ando com tanta facilidade como antes, não falo com tanta fluidez como antes, não debato tão bem como antes, mas sei o que sei: sei dizer a verdade", disse ele.

Eu sei como fazer este trabalho. Eu sei como fazer as coisas. Eu sei, como milhões de americanos sabem, que quando te derrubam, você se levanta.
Joe Biden, em comício com eleitores

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