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Netanyahu se une à oposição e forma governo de emergência em Israel

Do UOL*, em São Paulo

11/10/2023 11h41Atualizada em 11/10/2023 16h26

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, se uniu à oposição a seu governo e criou um governo de emergência em meio à guerra contra o grupo extremista Hamas.

O que aconteceu

Na prática, o acordo funciona como uma espécie de "carta branca" para o premiê tomar medidas de emergência sem o bloqueio de oposicionistas. Isso ocorre porque os partidos governistas não têm maioria no Parlamento israelense, o que permite que a oposição possa vetar propostas do governo.

Governo será formado por Netanyahu, líder oposicionista e um pequeno número de ministros. O anúncio da formação desse governo foi feito em pronunciamento conjunto por Netanyahu e Benny Gantz, líder do partido oposicionista Unidade Nacional.

Gantz também pediu a criação de um "gabinete de guerra". Esse grupo seria formado somente por ele, Netanyahu e o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant. O jornal The Times of Israel diz que, mesmo assim, o premiê teria insistido para ter a palavra final nesse gabinete.

A ideia do seleto grupo teria sido rejeitada pelo ministro de Segurança Nacional, Itamar Bem Gvir. Ele criticou o histórico de Gantz como chefe do Estado-Maior, embora tenha negado publicamente que se opõe à entrada dele no gabinete.

Após a formação do governo de emergência, Gantz publicou nas redes sociais: "Israel em primeiro lugar".

O outro líder da oposição, Yair Lapid, permanece fora do acordo após recusar participação. O novo executivo ampliado deve se reunir nos próximos dias em Tel Aviv.

O mesmo procedimento já foi adotado às vésperas da Guerra dos Seis Dias, em 1967, que reconfigurou as fronteiras do país com a anexação de territórios egípcios e sírios.

Israel diz ter matado filho e irmão de comandante do Hamas

A casa de parentes de Mohammad Deif, o comandante militar do Hamas, no bairro de Qizan an Najjar, em Khan Younis, foi bombardeada pela Força Aérea de Israel. Ele é chefe da ala militar do grupo extremista e mentor da incursão do grupo ao território nas primeiras horas deste sábado (7).

Meios de comunicação palestinos afirmam que os aviões acertaram a casa do pai de Deif, matando o filho, o irmão e a neta do irmão do líder do Hamas. Ainda não se sabe o número de parentes que estavam na casa em Khan Younis e ficaram presos nos escombros.

Os militares de Israel dizem que os alvos foram atingidos em al-Furqan, batizada em homenagem a uma mesquita na região da cidade. A área foi rotulada como "ninho de terror" usado pelo Hamas para lançar ataques contra Israel.

As Forças afirmam que o bombardeio de hoje é o terceiro ataque aéreo em al-Furqan nas últimas 24 horas. Nos três ataques, os militares afirmam que cerca de 450 alvos foram atingidos no total até agora. Dezenas de caças participaram dos ataques, acrescenta a Defesa israelense.

Aviões de guerra atacaram outros 70 alvos na área de Daraj Tuffah, um distrito em Gaza descrito como um "centro terrorista" dos membros do grupo extremista, de acordo com o governo israelense, na noite desta terça-feira (10).

Também foram realizados ataques contra importantes pontos utilizados pela Jihad Islâmica, outro grupo extremista que atua na Palestina, e é aliado ao Hamas, disseram as Forças de Defesa.

O número de mortos na guerra pode ter ultrapassado 3.500. Em Israel, os jornais relatam 1.200 mortos e 2.900 feridos. Já o ministério da saúde da Palestina informa 1.100 mortos e 5.339 feridos. Além disso, Israel diz ter encontrado 1.500 corpos de soldados do grupo extremista Hamas em território israelense.

Segundo o governo de Israel, até 150 reféns estão em poder do Hamas. Ontem, o grupo palestino ameaçou assassinar os sequestrados se Israel mantivesse os ataques a Gaza, mas não há informação de que estas mortes estejam acontecendo.

* Com informações da Ansa

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