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Morre Celeste Fishbein, refém do Hamas filha de brasileira

Do UOL, em São Paulo

17/10/2023 08h20Atualizada em 17/10/2023 12h04

Morreu a israelense Celeste Fishbein, 18, filha de brasileira que era uma das reféns do grupo extremista Hamas.

O que aconteceu

O corpo de Celeste foi encontrado hoje, segundo o tio dela, Mario Fishbein. Ele disse que a família foi informada pelo Exército. "Esse é o triste final, não sei se tão inesperado", afirmou Mario ao UOL.

Sobrinha foi morta quando era levada a caminho da Faixa de Gaza, diz tio. Celeste, segundo relato do tio que atribuiu as informações a autoridades israelenses, foi morta quando era levada por integrantes do Hamas para a Faixa de Gaza .

Celeste trabalhava como babá e estava em um kibtuz próximo à Faixa de Gaza, quando desapareceu após a invasão do Hamas. Nos últimos dias, a família vinha buscando informações sobre o paradeiro dela em hospitais e em centros de informação de Israel.

Inicialmente, parentes disseram que a vítima tinha sido sequestrada. Isso porque, segundo Mario, a casa onde Celeste estava foi encontrada vazia e sem vestígios de sangue.

A coleta de amostra de DNA da mãe de Celeste, comparada com a dos corpos de mortos até então, também indicou que ela foi sequestrada pelo Hamas, informou, em primeiro momento, o governo israelense a familiares.

'Tiraram ela de nós', diz mãe

Em publicação no Facebook, a mãe de Celeste, Gladys Fishbein, disse que a filha era um "anjo" e foi "tirada" da família. "Uma mulher jovem e pura", escreveu Gladys. Ela afirmou que data e local do funeral de Celeste serão informados mais tarde.

Tio disse que Celeste era 'muito amável'

Em participação no UOL News ontem, Mario disse que a família tinha esperanças de encontrar Celeste viva. "Ela é uma menina tão amável. É como se fosse um anjo. Você pode ver pelo rosto dela. Ela é assim", afirmou

Outros brasileiros morreram em Israel

Ranani Nidejelski Glazer, 24 anos. O jovem foi a primeira vítima brasileira a ser confirmada pelo Itamaraty. Ranani Glazer estava com a namorada, Rafaela Treistman, e um amigo na rave, que aconteceu próximo à faixa de Gaza. Ele conseguiu se abrigar em um bunker e chegou a gravar um vídeo relatando que presenciou uma situação que parecia uma "cena de guerra". No entanto, após o abrigo ser invadido, o rapaz desapareceu. Rafaela e o amigo também estavam no local, mas conseguiram se salvar.

Bruna Valeanu, 24 anos. A morte de Bruna foi confirmada pela família nas redes sociais. "Minha neném virou uma estrelinha no universo", publicou a irmã da jovem, Florica. Valeanu esteve na festa de música eletrônica.

Karla Stelzer, 42 anos. Ela foi a terceira vítima confirmada pelo Ministério das Relações Exteriores. Karla enviou áudio a uma amiga enquanto fugia do local da rave. "Pelos áudios dela, a gente ouvia os tiros. Graças a Deus os tiros estavam longe", contou Patrícia Hallak. "Ela viu os terroristas correndo, e dá para sentir o desespero dela e de todas as pessoas que estavam lá." Karla morava em Israel havia mais de 10 anos, na região de Ashkelon, a cerca de 50 km da capital Tel Aviv. Segundo o perfil dela nas redes sociais, ela era professora.

O israelense Gavriel Yishay Barel, 22, também foi encontrado morto após o ataque do Hamas na rave. Ele é filho do brasileiro Jayro Varella Filho.

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