Como ataque a hospital em Gaza inflamou protestos pelo mundo
Do UOL, em São Paulo
18/10/2023 13h01Atualizada em 18/10/2023 18h16
O ataque a um hospital na Faixa de Gaza que deixou ao menos 471 mortos desencadeou uma série de protestos pelo mundo, cobrando os respectivos governos a agir contra Israel.
Há uma disputa de narrativas sobre o bombardeio. O grupo extremista Hamas acusa Israel de ser responsável pelo atentado, que chamou de "genocídio". O governo israelense, por sua vez, disse que informações de inteligência apontam que o bombardeio ocorreu após um ataque mal-sucedido do grupo Jihad Islâmica, também combatido pelo país na região.
O grupo chamou a acusação de "mentira" e disse que Israel tenta "encobrir o massacre que cometeram contra civis".
Onde ocorreram os protestos
Cisjordânia
Em Ramallah, as forças de segurança palestinas dispararam gás lacrimogêneo e granadas de efeito moral para dispersar manifestantes. Eles atiraram pedras e gritavam contra o presidente Mahmoud Abbas. Horas depois, Abbas anunciou o cancelamento de uma cúpula em Amã ao lado do presidente americano Joe Biden, justificando que ele precisava estar "ao lado de seu povo".
Líbano
Em Beirute, protestos organizados pelo Hezbollah foram registrados contra a embaixada dos EUA e da França. Para o Hezbollah, o "ataque (contra o hospital) revela a verdadeira face criminosa dessa entidade e de seu patrocinador, os Estados Unidos, que têm responsabilidade direta e total por esse massacre".
Tunísia
Centenas de manifestantes tomaram as ruas próximas à embaixada da França para se manifestar.
Turquia
Em Istambul, houve uma tentativa de invasão do consultado israelense e a polícia teve de intervir. A capital Ancara também registrou protestos.
Irã
Uma marcha com centenas de pessoas começou na Praça Palestina, em Teerã, e se direcionou até as portas da embaixada da França e do Reino Unido.
Canadá
Manifestantes se reuniram na noite de ontem em frente ao consulado israelita no centro de Toronto. Segundo a imprensa local, havia bandeiras palestinas e cartazes com pedidos de "Palestina Livre". Também houve registros de atos em Montreal.
Estados Unidos
Centenas de pessoas reuniram-se em frente à Casa Branca, em Washington, na noite de ontem para protestar contra os ataques israelenses em Gaza. O ato foi organizado pelo Movimento da Juventude Palestina. Havia cartazes com os dizeres "Netanyahu é um criminoso de guerra", em referência ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e gritos de "Palestina livre" e "Viva Gaza".
Em Nova York, no Washington Square Park, manifestantes pró-Palestina e Israel protestaram, separados por uma fila de policiais.