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Líder palestino cancela reunião com Biden após ataque a hospital em Gaza

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, cancelou uma reunião com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, após o ataque a um hospital em Gaza que deixou ao menos 500 mortos. A decisão, anunciada por autoridades locais, acontece às vésperas da viagem de Biden a Israel.

O que aconteceu

Líder palestino cancelou reunião com presidente dos EUA. Segundo a CNN americana, Abbas está voltando para Ramallah e convocou uma reunião de emergência para tratar sobre o ataque ao Hospital Batista Al-Ahly Arab, localizado no centro da cidade de Gaza.

Hamas acusou Israel, que negou a autoria do ataque. O grupo extremista classificou o ataque como "genocídio". Já Israel disse que um bombardeio fracassado da Jihad Islâmica atingiu o hospital. O porta-voz do Exército afirmou que as informações são da inteligência israelense e de "diversas fontes do que dispomos".

Biden chega a Israel amanhã (18). A viagem do presidente americano é parte do plano de apoio ao governo de Israel contra o Hamas. A visita foi confirmada ontem (16) por Antony Blinken, secretário de Estado dos EUA, que esteve com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu.

Viagem de Biden também é um "recado", segundo Blinken. O secretário disse que a visita é um alerta para "qualquer ator, Estado ou não-Estado, que tente levar vantagem" com o ataque do Hamas a Israel, no último dia 7. A fala foi uma referência implícita a grupos como o Hezbollah, do Líbano, e países como Irã e Síria.

Ida de Biden a Israel

Viagem do presidente americano é considerada rara e arriscada. A visita mostra o apoio dos EUA a Netanyahu em um momento no qual os americanos tentam impedir uma guerra mais ampla envolvendo o Hezbollah, o Irã e a Síria. Também pode aumentar o poder de Biden sobre a região, além de melhorar a imagem do presidente americano dentro dos EUA.

Biden e Netanyahu são aliados, mas não tão próximos assim. O americano e o israelense têm discordâncias sobre o futuro do Oriente Médio, com Biden frequentemente reforçando seu apoio a um Estado israelense e um Estado palestino independentes. Uma reunião presencial permitiria a Biden discutir em privado as preocupações e uma iminente invasão terrestre de Gaza por parte de Israel.

(*Com Reuters)

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