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Morte em mansão de R$ 5 milhões: como prisão de babá brasileira chocou EUA

A brasileira Juliana Peres Magalhães é acusada de matar a tiros um homem na mansão em que morava, no estado da Virginia, nos EUA Imagem: Reprodução/ABC7 TV

Do UOL, em São Paulo

24/10/2023 10h54

A brasileira Juliana Peres Magalhães, de 23 anos, que trabalhava como au pair nos Estados Unidos, foi presa na última quinta-feira (19) em Reston.

Apesar de o chefe dela, Brandon Robert, ter assumido a culpa por um homicídio, a polícia local concluiu que foi ela quem matou um homem a tiros no dia 24 de fevereiro. O crime aconteceu na mansão em que eles moravam, no bairro de Hattontown.

A polícia ainda não divulgou qual a foi dinâmica do crime, nem como chegou à conclusão de que Juliana era a responsável.

Entenda o caso

Crime aconteceu em fevereiro no condado de Fairfax, na Virginia. Duas pessoas foram mortas: Joseph Ryan, de 39 anos e a dona da casa, Christine Banfield, de 37. Ela morreu depois, no hospital.

Juliana era au pair há dois anos. A jovem estava no programa de intercâmbio e trabalhava como babá cuidando dos filhos da mulher morta. Ela residia na casa em que o crime aconteceu, avaliada em US$ 1 milhão (R$ 5 milhões).

Jovem ligou para a emergência. Segundo os policiais, no dia do crime, Juliana chegou a ligar para a emergência e disse que uma amiga (Christine) estava ferida.

Pai da família assumiu crime, mas voltou atrás. A princípio, o marido de Christine, Brandon Robert, tinha assumido, em telefonema à polícia, que matou o homem desconhecido depois que ele invadiu sua casa e feriu sua esposa. Posteriormente, ele negou a confissão.

Brandon Robert é agente do FBI, segundo a NBC Washington, e ele teria se recusado a prestar depoimento à polícia.

Investigação durou sete meses. Agora em outubro, as autoridades chegaram à conclusão de que foi Juliana Magalhães quem efetuou os disparos que mataram Joseph. O que aconteceu com Christine ainda é um mistério.

Juliana foi acusada de homicídio de segundo grau, levada ao centro de detenção e não tem direito a fiança. As investigações continuam para determinar as circunstâncias e relação das duas mortes. Não há previsão para julgamento.

Morte de Christine não foi explicada. A polícia não confirmou se Joseph Ryan a esfaqueou, mas as autoridades teriam dito que não havia sinal de entrada forçada na casa. A polícia também encontrou a filha de quatro anos de Banfield, fisicamente ilesa, na cena do crime.

Polícia "tem certeza" de que vítimas se conheciam. A nota oficial da investigação, divulgada pela polícia, afirma que Christine e Joseph Ryan se conheciam.

Família de babá alega "legítima defesa"

Mãe da jovem diz que filha se defendeu. De acordo com Marina Peres Souza, a filha estava chegando em casa quando viu Ryan entrar. Ela teria ligado para Brandon e, ao entrar na casa, atirou contra o homem para defender a si mesma e a família.

A gente ficou sabendo uns dois dias antes da prisão que eles estavam investigando [o envolvimento dela]. Eles emboscaram ela na quinta-feira antes do trabalho.
Marina Peres Souza, em entrevista à Folha de S.Paulo

Juliana disse à mãe que o caso tinha sido arquivado há três meses, e que a polícia tinha concluído que quem matou Christine foi Joseph, porque eles eram ex-companheiros. A polícia não confirma se a hipótese de legítima defesa foi considerada.

Mãe diz que Juliana queria voltar ao Brasil. Segundo Marina, à Folha, a filha estava com o visto vencido há duas semanas e já tinha entrado com pedido de renovação.

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