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DJ alemã sequestrada pelo Hamas foi decapitada, diz presidente de Israel

Shani Louk tinha 22 anos e trabalhava como DJ e tatuadora Imagem: Reprodução/Redes Sociais

Do UOL, em São Paulo

30/10/2023 22h56Atualizada em 30/10/2023 23h04

A DJ e tatuadora alemã Shani Louk, de 22 anos, morta após ter sido sequestrada pelo grupo extremista Hamas em Israel, foi decapitada. A informação foi divulgada por Isaac Herzog, presidente de Israel, em entrevista ao jornal alemão Bild nesta segunda-feira (30).

O que aconteceu:

Herzog afirmou que Shani foi assassinada e decapitada depois de ser levada para a Faixa de Gaza. Um vídeo que circulou nas redes sociais mostra a DJ, aparentemente morta, sendo levada na caçamba de uma caminhonete por membros do Hamas.

O presidente de Israel lamentou e também confirmou a morte de Shani.

O crânio dela [Shani] foi encontrado. Isto significa que estes animais bárbaros e sádicos simplesmente cortaram a cabeça dela enquanto atacavam, torturavam e matavam israelitas. É uma grande tragédia e apresento as minhas mais profundas condolências à sua família. Esses animais cortaram a cabeça dela.
Isaac Herzog, presidente de Israel

Segundo o Bild, a identificação de Shani foi realizada por DNA retirado de um crânio encontrado, posteriormente, identificado como sendo da DJ. Os familiares da jovem já haviam fornecido material genético para identificação anteriormente.

A mãe de Shani, Ricarda, afirmou à rede de rádio RTL que as outras partes do corpo da filha ainda não foram encontradas. A mulher também confirmou nesta segunda-feira (30) que "infelizmente ontem recebemos a notícia", de militares israelenses, de que a filha não está mais viva. O Ministério das Relações Exteriores de Israel também confirmou a morte.

De acordo com a rádio RTL, há a suspeita de que Shani tenha sido morta com um tiro na cabeça. Porém, o governo israelense não confirma essa informação.

A identificação de mais de 40 corpos ainda está pendente em razão das condições dos corpos das vítimas, segundo o presidente, que explicou que há pessoas "brutalmente abusadas, queimadas ou esquartejadas", condições que dificultam as identificações delas.

O que vimos na fronteira Gaza-Israel vai muito além de um pogrom [perseguição]. Vimos um matadouro. Vimos o sangue escorrendo pelas ruas. Vimos as tragédias mais horríveis que se possa imaginar.
Isaac Herzog, presidente de Israel

Sequestro

Shani estava na rave que foi invadida por extremistas do Hamas no sul de Israel no dia 7 de outubro. O local da festa era a menos de 20 quilômetros da Faixa de Gaza.

Um vídeo divulgado nas redes sociais em 7 de outubro (no dia da invasão de Israel) mostra Shani, aparentemente morta, sendo levada na caçamba de uma caminhonete do Hamas. Pelo menos 260 corpos foram encontrados no local onde ocorreu a rave em que Shani estava, segundo a organização de resgate Zaka.

Em entrevista à CNN dos EUA, a mãe dela, Ricarda Louk, disse que começou a ligar para a filha Shani assim que leu as primeiras notícias sobre o ataque do Hamas.

Ela disse que estava em um festival no sul e estava entrando em pânico. Ela disse que iria pegar um carro para um lugar seguro e depois não ouvi mais nada dela.
Ricarda Louk

Horas depois, a família recebeu o vídeo que mostrava Shani na caminhonete cercada por membros do Hamas. Ricarda também diz que tentaram usar o cartão de crédito de Shani várias vezes na Faixa de Gaza.

Durante as buscas, a mãe de Shani chegou a divulgar que recebeu a informação de que a jovem foi encontrada viva em um hospital da Faixa de Gaza, em estado crítico.

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