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Mais forte que de Hiroshima: bomba atômica dos EUA será ameaça subterrânea

Ondas de radiação cobriram a paisagem após a explosão da primeira bomba atômica em Hiroshima, Japão, em 1945 Imagem: U.S. Army/Hiroshima Peace Memorial Museum/Reuters

Colaboração para o UOL

31/10/2023 11h21Atualizada em 31/10/2023 15h58

O Departamento de Defesa dos EUA anunciou que o país irá desenvolver um novo tipo de bomba nuclear voltada para destruir bunkers e centros de comando subterrâneos. A iniciativa ainda depende da aprovação do Congresso do país.

A nova bomba se chamará B61-13. As bombas B são as de gravidade, que são lançadas por aviões e caem com ou sem auxílio direcional.

O número 61 indica o ano de seu desenvolvimento (1961), enquanto o número 13 descreve a versão. As armas são táticas, ou seja, visam destruir alvos militares, e não cidades inteiras.

Segundo o comunicado, a produção da nova arma não significa que o arsenal nuclear do país irá aumentar, já que haverá substituição do modelo B61-7.

A nova bomba terá rendimento similar ao dessa versão mais antiga, mas incluirá características de segurança e precisão do modelo mais moderno, a B61-12.

Até 23 Hiroshimas

Essas bombas nucleares têm potências reguláveis. A B61-7 pode ir de 10 a 340 quilotons, o que equivale a um intervalo entre menos de uma bomba de Hiroshima a até 23 delas.

A B61-12, por sua vez, pode ter entre 0,3 e 50 quilotons. O valor máximo equivale a três Hiroshimas.

O governo norte-americano não deu detalhes sobre outras características da nova bomba.

Por que o país quer desenvolver a nova arma

Segundo o comunicado, a nova bomba representa um passo para gerenciar "os desafios de um ambiente de segurança altamente dinâmico". O texto diz, ainda, que a decisão foi discutida por meses e não é uma resposta a nenhum evento específico.

No cenário internacional, China, Rússia, Irã e Coreia do Norte, rivais dos EUA, têm desenvolvido centros de comando subterrâneos.

Na semana passada, os EUA atacaram alvos na Síria em meio à guerra entre Israel e Hamas. Os norte-americanos disseram ter destruído instalações de milícias financiadas pelo Irã, em uma resposta a ataques contra tropas do país que atuam no Iraque e na própria Síria.

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