Médica palestina reconhece filha entre feridos em hospital
Do UOL, no Rio
02/11/2023 19h19Atualizada em 02/11/2023 20h49
Um vídeo divulgado em redes sociais mostra o momento em que uma médica palestina se desespera ao ver a filha chegar ferida num hospital em Gaza.
O que aconteceu
No vídeo, a médica Ghada Abu Eidaaparece correndo pelo Hospital da Indonésia atrás da filha ferida e colegas a consolam. Não há informações sobre o estado de saúde nem sobre a idade da filha da médica, identidicada pelo canal de notícias Al Jazeera.
O Hospital da Indonésia fica na cidade de Beit Lahia, ao norte de Gaza — região que foi ocupada por tanques e blindados israelenses. Segundo a Al Jazeera, desde o início da guerra, já morreram na unidade 870 pessoas e outros 2.530 feridos foram atendidos. Ainda haveria 1.500 pessoas que fugiram de suas casas para se abrigarem no hospital, em busca de um lugar mais seguro.
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A construção do hospital custou quase US$ 8 milhões. A unidade foi financiada por doações de cidadãos indonésios em conjunto com organizações como a Sociedade da Cruz Vermelha Indonésia e a Sociedade Muhammadiyah, uma das maiores organizações muçulmanas da Indonésia.
Israel diz ter cercado a Cidade de Gaza
Forças de Israel avançaram na cidade de Gaza — a principal cidade da Faixa de Gaza — em sua ofensiva contra o Hamas, disse o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, nesta quinta-feira. O grupo extremista resistiu com ataques relâmpagos a partir de túneis subterrâneos.
A cidade no norte da Faixa de Gaza tornou-se foco do ataque de Israel. O governo israelense prometeu aniquilar a estrutura de comando do grupo islâmico palestino e ordenou que civis fugissem para o sul. "Estamos no auge da batalha.", afirmou Netanyahu.
O brigadeiro-general Iddo Mizrahi, chefe dos engenheiros militares de Israel, afirmou que as tropas estavam em um primeiro estágio de abertura de rotas de acesso em Gaza, mas estavam encontrando minas e armadilhas. "O Hamas aprendeu se preparou bem", disse.
Com pedidos internacionais para uma pausa humanitária às hostilidades sendo ignorados, não houve trégua para o sofrimento dos civis palestinos, com especialistas da ONU dizendo que eles estão sob "grave risco de genocídio". Civis palestinos sofrem com escassez de alimentos, combustível, água potável e remédios.