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Hospital em Gaza pode ficar sem combustível em 48h, diz Crescente Vermelho

Fachada do Hospital Al-Quds na Cidade de Gaza, sul da Faixa de Gaza Imagem: KHODER AL-ZAANOUN - 29.out.2023/AFP

Do UOL, em São Paulo

06/11/2023 21h14Atualizada em 06/11/2023 21h20

A organização Crescente Vermelho Palestino afirmou que o hospital de Al-Quds, no sul da Faixa de Gaza, pode ficar sem reserva de combustível para operar nas próximas 48 horas.

O que aconteceu

"As reservas de combustíveis do hospital vão acabar em 48 horas, e equipamentos que salvam vidas, incubadoras neonatais e unidades de cuidado intensivo deixarão de funcionar", disse a organização em uma nota publicada nas redes sociais.

Além do funcionamento dos aparelhos, o hospital destacou que possui mais de 14 mil deslocados abrigados no local. A chegada em massa dos palestinos à parte sul do enclave ocorreu após as Forças de Defesa de Israel alertarem os civis para irem ao sul, já que supostos alvos do Hamas seriam bombardeados ao norte.

Ataques nas proximidades do hospital já feriram ao menos 60 pessoas relacionadas ao hospital, incluindo médicos, pacientes e pessoas que estavam abrigadas no local, afirmou o Crescente Vermelho.

A organização também apelou por mais recursos humanitários na parte norte de Gaza, que tem sido alvo prioritário de Israel.

A situação é crítica e dependente do tempo, já que é crucial preservar os recursos remanescentes que sustentam os serviços de saúde, em especial no Hospital Al-Quds, assim como nos serviços de emergência das regiões mencionadas.
Nota do Crescente Vermelho Palestino

Hospital denunciou ordem de evacuação e ataques nos arredores

Israel acusa o Hamas de ter estruturas de túneis embaixo dos hospitais, o que, para as Forças, "justifica" os ataques nos arredores. Segundo as Forças de Defesa de Israel, os extremistas utilizariam os civis como "escudos humanos", ou seja, pessoas inocentes seriam utilizadas para proteger algumas áreas ou outras pessoas de operações militares.

Israel também diz que o Hamas controla o acesso a combustível na região, outro argumento central na resistência do país em deixar combustível ser transportado do Egito para Gaza da mesma maneira que outros suprimentos estão sendo levados à população.

A OMS chegou a criticar uma ordem de evacuação de Israel ao Hospital Al Quds. "É impossível para estes hospitais superlotados evacuarem os pacientes com segurança. Eles devem ser autorizados a desempenhar suas funções de socorro. Eles devem ser protegidos", afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom.

O hospital de Al-Quds teve o arredor bombardeado na semana passada, assim como o Hospital Al Shifa. Na sexta (3), um comboio de ambulâncias foi atacado por artilharia de Israel. Funcionários de saúde do território palestino disseram que o veículo transportava feridos.

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