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Lula saúda trégua entre Israel e Hamas e pede 'saída política' de conflito

O presidente Lula (PT) saudou hoje o acordo de cessar-fogo entre Israel e o grupo extremista Hamas para a troca de reféns na cúpula virtual do G20.

O que Lula disse

Como tem feito em todos os discursos sofre o conflito, o brasileiro defendeu uma "saída política". "Espero que esse acordo possa pavimentar o caminho para uma saída política e duradoura para este conflito e para a retomada do processo de paz entre Israel e Palestina", disse Lula.

Lula também afirmou que o mundo ficou "mais complexo" desde o último encontro presencial do G20. "O recrudescimento do conflito no Oriente Médio vem somar-se às múltiplas crises que já enfrentávamos".

Acordo prevê libertação de 50 reféns

O governo de Israel anunciou na noite de ontem que seu gabinete de guerra aceitou fazer um acordo com o Hamas. Conflito com o grupo extremista se arrasta desde 7 de outubro, quando foram realizados os primeiros ataques do Hamas no sul de Israel.

Acordo aprovado pelo gabinete israelense visa a libertação de 50 reféns. A informação sobre esse número é do jornal The Times of Israel. O anúncio aconteceu após uma série de reuniões das autoridades do governo de Benjamin Netanyahu.

A expectativa é de que a pausa dure quatro dias, com libertação de 10 ou 12 reféns israelenses por dia de trégua. O plano inclui a libertação, pelo Hamas, de trinta crianças, oito mães e mais doze mulheres, segundo um oficial israelense ouvido pelo jornal Haaretz.

Israel também concordou em libertar cerca de 150 palestinos da prisão. Nos dois casos, a prioridade de liberação seria de mulheres e menores. No caso dos presos palestinos, condenados por homicídio ficam excluídos do acordo.

A primeira leva de reféns deve ser libertada pelo grupo amanhã (23), de acordo com o Canal 12. A resolução de cessar-fogo temporário foi aprovada por uma "maioria significativa" do gabinete de guerra do governo.

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Como foi a fala de Lula no G20

Este foi o último discurso do brasileiro antes de assumir o G20, em 2024. Lula propôs uma agenda "ambiciosa" para política climática mundial, defendeu o combate à desigualdade social como prioridade e pregou uma mudança na "governança global" hoje, em conferência com lideranças internacionais.

Em sua fala, Lula voltou a reforçar as agendas climática e social que já havia pregado no encontro presencial em Nova Dhéli, em setembro. Ele ressaltou a criação de duas forças-tarefa: "contra a fome e a desigualdade e contra a mudança do clima".

Vamos buscar resultados concretos, que gerem benefícios para os mais pobres e vulneráveis, em todo o planeta. O G20 ajudará a alavancar iniciativas multilaterais em curso. Precisamos recuperar a tripla dimensão do desenvolvimento sustentável e acelerar o ritmo de implementação da Agenda 2030.
Lula, no G20

"Queremos trabalhar no G20 para chegar lá com uma agenda climática ambiciosa que assegure a sustentabilidade do planeta e a dignidade das pessoas", completou o presidente.

Lula citou três prioridades da futura gestão brasileira:

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  1. inclusão social e o combate à fome e à pobreza;
  2. transição energética e o desenvolvimento sustentável; e
  3. reforma da governança global

Também vamos discutir como fortalecer a governança global para lidar com antigas e novas questões. Uma maior diversidade de vozes precisa ser levada em conta. É por isso que saudamos a incorporação da União Africana como membro pleno neste Fórum.
Lula, no G20

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