Suspeito de balear três estudantes palestinos é preso nos EUA
Do UOL, em São Paulo
26/11/2023 23h48Atualizada em 27/11/2023 08h46
Três estudantes universitários palestinos foram baleados em Burlington, nos Estados Unidos, na noite de sábado (25). O suspeito foi preso ontem.
O que aconteceu
Os três estavam na cidade visitando o parente de um deles durante o feriado de Ação de Graças, disse a polícia em comunicado divulgado pela emissora CBS.
O atirador foi identificado pela polícia como um homem branco que atirou nos três sem aviso em uma rua da cidade. O crime aconteceu por volta de 18h30 de sábado, no horário local. O homem, de 48 anos, foi preso ontem enquanto as autoridades faziam buscas pela região.
Dois foram socorridos em situação mais "estável", enquanto um deles estava com a situação mais agravada, disse a polícia. Dois foram atingidos no tórax, e um na virilha.
As vítimas foram identificadas pela organização Ramallah Friends School, um centro de educação quaker para palestinos. Os baleados são Hisham Awartani, estudante na Brown University; Kinnan Abdalhamid, da Haverford College, e Tahseen Ahmed, da Trinity College, todas nos EUA.
Em nota, a família dos três universitários chamou o caso de "crime de ódio", mas a polícia ainda apura as motivações. A carta dos parentes foi publicada pelo Instituto para o Entendimento do Oriente Médio (em inglês, Institute for Middle East Understanding).
Estamos gratos aos médicos e enfermeiros que estão a trabalhar incansavelmente para salvar as vidas dos nossos filhos, e às autoridades municipais que estão dando toda a sua atenção a este horrível crime de ódio na busca por justiça. Agradecemos a manifestação de cuidado de nossa comunidade. Trecho da carta da família dos palestinos baleados
Um diplomata palestino no Reino Unido disse que os estudantes foram baleados por usarem um "keffiyeh palestino", um lenço típico. "Há seis semanas, uma criança palestina de 6 anos foi esfaqueada 26 vezes num crime de ódio em Illinois. Os crimes de ódio contra os palestinianos têm de parar", escreveu Husam Zomlot, lembrando do caso ocorrido em outubro também nos EUA.