Israel cancela viagem ao Qatar e adia negociação por reféns com Hamas
O governo de Israel cancelou uma viagem planejada ao Qatar pelo chefe de inteligência estrangeira para retomar as negociações sobre um possível segundo acordo para libertar reféns detidos pelo grupo Hamas em Gaza.
O que aconteceu
O diretor da agência de inteligência de Israel Mossad, David Barnea, não viajará hoje, quando a guerra completa 70 dias, para Doha, capital do Qatar, segundo a emissora israelense Canal 13, o gabinete de guerra liderado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu cancelou a missão de Barnea.
Os familiares dos reféns israelenses detidos em Gaza disseram estar "chocados" com a notícia de que o gabinete de guerra de Israel decidiu não enviar o chefe do Mossad ao Qatar para negociações sobre um novo acordo com o Hamas.
Desde o início do conflito, em 7 de outubro, cerca de 240 pessoas foram feitas reféns. Após negociações, dezenas foram libertadas, mas muitas outras continuam desaparecidas. O governo israelense acredita que ao menos 135 reféns permanecem em Gaza, sendo 115 vivos.
Uma trégua temporária de 24 de novembro a 1º de dezembro resultou na libertação de 105 reféns - mulheres e crianças israelenses e cidadãos estrangeiros - detidos pelo Hamas. Quatro reféns foram libertados antes da trégua temporária e da libertação dos reféns no final de novembro, e um foi resgatado pelas tropas.
As Forças de Defesa de Israel confirmaram hoje que as tropas recuperaram o corpo do refém Elia Toledano, 28, que foi levado por membros do Hamas do festival de música perto do Kibutz Re'im, segundo o Times of Israel. Os corpos de outros cinco reféns também foram recuperados por Tel Aviv.
Toledano esteve no festival com a amiga Mia Schem, 21, que foi libertada no dia 1º de dezembro como parte do acordo de trégua temporária. Schem levou um tiro no braço durante o ataque e, após ser libertada, sua tia disse que, enquanto estava em cativeiro, ela havia sido operada por um veterinário palestino.
Com ANSA
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