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União Europeia aprova lei que regula o uso da Inteligência Artificial

Imagem: Dado Ruvic/Ilustração/Reuters

Daniela Fernandes

22/05/2024 09h43

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1. Países da Europa criam referência para uso da Inteligência Artificial. A medida adotada por ministros da União Europeia e que já havia sido aprovada pelo parlamento europeu deve entrar em vigor nos próximos dias. A lei proíbe que sistemas de IA do bloco manipulem o comportamento das pessoas ou façam classificações sociais. As novas regras também não permitem o policiamento preventivo baseado em perfis nem a utilização de dados biométricos para classificar as pessoas por raça, religião ou orientação sexual. Vídeos e áudios artificiais ou manipulados, os chamados "deep fakes", deverão ser sinalizados aos internautas. O texto classifica diferentes tipos de Inteligência Artificial em função do risco. No caso de alto risco, que pode causar prejuízos à saúde, à segurança, aos direitos fundamentais ou ao meio ambiente - e que diz respeito a áreas como educação e serviços públicos - será preciso cumprir exigências para ter acesso ao mercado europeu.

2. Irlanda, Espanha e Noruega reconhecem o estado palestino. O anúncio, que entrará em vigor nos três países em 28 de maio, é um novo revés para Israel e ocorre após o pedido de prisão feito pelo procurador do Tribunal Penal Internacional da ONU contra o premiê e o ministro da Defesa de Israel e três líderes do Hamas, acusados de crimes de guerra e contra a humanidade. O chanceler espanhol, José Manuel Albares, declarou que a medida "é uma maneira de quebrar o ciclo atual de violência" em Gaza. Israel convocou imediatamente os embaixadores dos três países para consultas. A Eslovênia também iniciou um processo de reconhecimento do estado palestino que deve ser concluído até junho.

3. Pequim desenvolve chatbot com pensamentos do presidente Xi Jinping. O sistema com Inteligência Artificial que se baseia na "filosofia política" do líder chinês e simula uma conversa com ele é chamado "Pensamento de Xi Jingping sobre o socialismo à chinesa para uma nova era". No momento, o modelo está sendo utilizado em um centro de pesquisas do regulador de internet da China, mas poderá ser utilizado de maneira mais ampla, segundo o jornal Financial Times. O sistema do chatbot é visto como mais uma tentativa do governo chinês de controlar a maneira como a IA informa os internautas do país.

4. Em escalada da crise diplomática, Espanha retira embaixador de Buenos Aires. A decisão ocorreu após o presidente argentino, Javier Milei, se recusar a pedir desculpas ao premiê espanhol, Pedro Sánchez. Milei chamou de "corrupta" a mulher de Sánchez, alvo de uma investigação judicial em que é acusada de favorecer empresários em licitações. O governo espanhol afirmou que a decisão é "definitiva" e que a Argentina continuará sem embaixador do país.

Um grande incêndio atingiu hoje um edifício do grupo farmacêutico Novo Nordisk, fabricante dos medicamentos para emagrecer Ozempic e Wegovy. O prédio fica nos arredores de Copenhague, na Dinamarca. Imagem: Liselotte Sabroe/Ritzau Scanpix/AFP

5. Trump abre mão de depor no caso da atriz pornô e júri começa a votar na próxima semana. A defesa de Donald Trump convocou apenas duas testemunhas, das 22 ouvidas no total, e encerrou sua apresentação no julgamento penal em Nova York, iniciado há 20 dias. Seus advogados preferiram que o ex-presidente não fosse interrogado pelo procurador. O republicano é acusado de dissimular um pagamento de US$ 130 mil para comprar o silêncio de Daniels na campanha eleitoral de 2016. Os jurados voltarão ao tribunal em 28 de maio para ouvir a argumentação final da acusação e da defesa. O juiz Juan Merchan prevê que a deliberação dos jurados comece no dia 29.

Deu no New York Times: Pedido de prisão contra Netanyahu reforça apoio ao premiê israelense. A publicação afirma que no momento em que o governo de Benjamin Netanyahu parecia desmoronar, pressionado também pela sociedade, o mandado de prisão emitido pelo procurador do Tribunal Penal Internacional da ONU acabou criando uma corrente de solidariedade ao primeiro-ministro de Israel. Benny Gantz, membro importante do governo, ameaçou deixar o cargo se não houvesse um plano pós-guerra para a Faixa de Gaza até 8 de junho. Mas após as ameaças do TPI da ONU, os rivais políticos do premiê formaram uma frente unida contra o tribunal, afirma o jornal americano, acrescentando que os pedidos de prisão contra Netanyahu e seu ministro da Defesa foram vistos como uma afronta que une israelenses e alguns aliados do país, como os Estados Unidos. Leia mais.

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