Netanyahu dissolve gabinete de guerra após saída de dois membros moderados
Daniela Fernandes
17/06/2024 09h27
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1. Netanyahu dissolve gabinete após a saída de membros moderados, diz NYT. O The New York Times atribui a informação a um responsável israelense e escreve que a decisão do premiê Benjamin Netanyahu era amplamente esperada depois que o ex-general centrista Benny Gantz e seu aliado Gadi Eisenkot deixaram o gabinete devido a divergências sobre o conflito. Segundo o jornal, as principais decisões sobre a guerra serão submetidas a um gabinete de segurança que incluirá dois partidos ultranacionalistas. O exército israelense anunciou uma pausa diária nos ataques no sul de Gaza para a entrega de ajuda humanitária, mas advertiu que a suspensão é temporária e que as operações em Rafah continuam. Netanyahu criticou a medida do exército. Analistas afirmam que essa declaração foi direcionada à coalizão de ultradireita, contrária a concessões aos palestinos.
2. Índia, África do Sul e Arábia Saudita rejeitam comunicado da conferência sobre a paz na Ucrânia. O Brasil aceitou participar como observador na reunião neste final de semana na Suíça. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, criticou o Brasil e a China, que não participou do encontro e é aliada da Rússia. México, Colômbia, Emirados Árabes Unidos são alguns dos outros países que não assinaram a declaração final da reunião. Mas o texto - que identifica a Rússia como agressora e defende a integridade territorial da Ucrânia - foi apoiado pelos EUA e pelos 27 países da UE. Por isso, a diplomacia ocidental considerou o evento importante. A Rússia, que não foi convidada, considerou que a conferência teve "resultado zero."
3. Maryland, nos EUA, vai perdoar 175 mil condenações por posse de maconha. Segundo o governador do estado, Wes Moore, a medida será assinada nesta segunda e tem o objetivo de corrigir "muitos erros históricos." A decisão deve beneficiar cerca de 100 mil pessoas, já que algumas são reincidentes. O governador alegou que antecedentes criminais sobre uso de maconha são usados para negar moradias, emprego e educação, mesmo depois das penas terem sido cumpridas. A lei federal americana proíbe o uso e a posse da maconha. Mas 38 estados e a capital, Washington D.C., autorizam o uso médico, e mais de 20 a utilização para fins recreativos.
4. Mbappé pede aos jovens franceses para votar contra os extremistas. O capitão da seleção de futebol disse que a França vive um momento crucial de sua história, com a possibilidade de a extrema direita chegar ao poder. "Espero que tenhamos orgulho de usar a camisa da seleção no dia 7", afirmou Kylian Mbappé em uma coletiva se referindo ao segundo turno da eleição antecipada, que será realizado em 7 de julho. Cerca de 160 atletas franceses também pediram, em um texto publicado pelo jornal esportivo L'Équipe, para votar contra a extrema direita de Marine Le Pen. A campanha começa hoje e as últimas pesquisas indicam que o Reunião Nacional, de Le Pen, está na liderança, com 33% das intenções de voto.
5. Calor na Grécia mata ao menos três turistas e outros três estão desaparecidos. A onda de altas temperaturas é a mais precoce já ocorrida, segundo a imprensa grega. O corpo de um americano de 55 anos foi encontrado no domingo na ilha de Corfu. Antes dele, morreram um médico britânico, celebridade na TV inglesa, e um holandês de 74 anos. Duas francesas e um americano estão sendo procurados. O forte calor levou as autoridades gregas a fecharem escolas e o Partenon na semana passada. O calor extremo de até 48° também matou pelo menos 19 peregrinos na Meca, na Arábia Saudita, no final de semana, e 17 estão desaparecidos.
Deu no Financial Times: "Grupos mundiais de Defesa contratam no ritmo mais rápido desde o fim da Guerra Fria". Uma reportagem do FT afirma que as principais empresas americanas e europeias dos setores da defesa e aeroespacial preveem contratar dezenas de milhares de pessoas este ano por conta do recorde de encomendas. Governos de vários países aumentaram seus gastos militares desde que a Rússia invadiu a Ucrânia. A alta repentina dos pedidos após décadas de baixos volumes e a concorrência de grupos de tecnologia são alguns dos fatores que explicam a "frenesia" de contratações para todos os tipos de cargos. Só a italiana Leonardo, que está construindo um novo avião de combate, planeja contratar seis mil pessoas até o final de 2024. Leia mais.