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Netanyahu dissolve gabinete de guerra de Israel após saída de ministro

Do UOL, em São Paulo*

17/06/2024 07h36Atualizada em 17/06/2024 12h46

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, dissolveu o gabinete de guerra dias após a renúncia do ministro Benny Gantz, informou uma autoridade israelense.

O que aconteceu

Premiê afirmou a aliados que o gabinete era parte de um acordo com Gantz, que entrou no governo em 2023 para demonstrar a unidade do país após o ataque do Hamas. Segundo um funcionário de alto escalão, não há mais necessidade do gabinete, que supervisionava o conflito em Gaza.

A expectativa é de que Netanyahu mantenha consultas sobre a guerra com um pequeno grupo de ministros, incluindo Yoav Gallant (Defesa) e Ron Dermer (Assuntos Estratégicos). A mídia israelense diz que Netanyahu pretende ter mais controle na tomada de decisões sobre a guerra em Gaza.

Decisão de Netanyahu impede que ala mais extremista ganhe assentos no gabinete. O ministro de extrema direita, Itamar Ben-Gvir (Segurança Nacional), se movimentava para assumir a vaga de Ganzt, o que aumentaria tensões com aliados importantes, como os Estados Unidos. Ele e Bezalel Smotrich (Finanças) devem ser excluídos do grupo de consultas de Netanyahu.

Gabinete tinha seis membros e era considerado moderado. Um dos representantes era Gantz, um ex-comandante do Exército e ex-ministro da Defesa da centro-direita. Ele era considerado um interlocutor do governo e tinha ótima circulação entre os democratas dos EUA e as principais lideranças da Europa.

A medida ocorre em meio a um mal-estar entre Netanyahu e comandantes das Forças de Defesa. Durante uma reunião governamental no domingo (16), Netanyahu afirmou que "para atingir a meta de eliminar as capacidades do Hamas, [ele] tomou decisões que nem sempre eram aceitáveis para o escalão militar", relatou a mídia local.

*Com Reuters, ANSA e AFP

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