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Ex-comandante que tentou golpe na Bolívia pode pegar até 20 anos de prisão

Do UOL, em São Paulo

27/06/2024 08h42Atualizada em 28/06/2024 22h34

O ex-comandante do exército boliviano Juan José Zuñiga, líder do golpe de estado fracassado na Bolívia, vai responder por três crimes do Código Penal boliviano, segundo o ministro da Justiça do país, Ivan Lima Magne.

O que aconteceu

Zuñiga deve responder por levante armado contra soberania do Estado, sedução de tropas e atentado contra a vida do presidente. Os crimes estão detalhados nos artigos 121, 127 e 128 do Código Penal, informou Magne, em publicação nas redes sociais.

Processo penal contra o ex-comandante foi iniciado ainda na noite da quarta-feira (26). Segundo o ministro, o processo está a cargo da Procuradoria-geral da República.

Ação foi irresponsável e desonra forças armadas, diz ministro. Em posicionamento, Magne afirmou que Zuñiga foi "desleal com os valores básicos de respeito e dignidade das Forças Armadas".

Vamos buscar a condenação dele à pena máxima de prisão para esses delitos, de 15 a 20 anos de encarceramento por atentar contra a democracia e contra a Constituição.
Ivan Lima Magne, ministro da Justiça da Bolívia

Tentativa de golpe de Estado

Zuñiga, recebeu voz de prisão na noite da quarta-feira (26) em La Paz. Ele, que foi demitido do cargo na terça-feira (25), comandou militares bolivianos com tanques e tropas em frente à sede do governo.

À imprensa, ele pediu um "novo gabinete". Ele também falou que trocaria os ministros e prenderia Evo Morales se ele quisesse se candidatar à presidência em 2025.

Policiais militares fardados usaram escudos para fechar a sede do governo. Um blindado foi usado para arrombar as portas e bombas de efeito moral foram usadas contra manifestantes.

Nomeação de três novos chefes para as Forças Armadas. Após a prisão de Zuñiga, o presidente Luis Arce nomeou novos representantes do Alto Comando militar. Eles são José Wilson Sánchez Velásquez (Exército); Geraldo Zabala Alvarez (Força Aérea) e Renán Wilson Guardia Ramírez (chefe da "Marinha" boliviana, conhecida como Armada).

Juan José Zuñiga em foto de arquivo Imagem: Handout / Bolivian Presidency / AFP

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