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Biden elogia desempenho no debate contra Trump: 'Acho que fomos bem'

Do UOL, em São Paulo

28/06/2024 09h19Atualizada em 28/06/2024 09h19

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, elogiou seu desempenho no debate contra o antecessor Donald Trump, transmitido na quinta-feira (27) pela CNN. No Partido Democrata, porém, há o receio de que sua performance — marcada por sua voz rouca, uma gagueira persistente e frases confusas — possa afundá-lo nas pesquisas.

O que aconteceu

Biden avaliou seu desempenho como positivo e acusou Trump de mentir. "Acho que fomos bem. É difícil debater com um mentiroso. [O jornal] The New York Times apontou que ele mentiu 26 vezes", disse o presidente. As declarações foram feitas a repórteres em uma unidade da Waffle House nos arredores de Atlanta, na Geórgia, onde Biden esteve com a primeira-dama Jill.

Presidente também confirmou estar resfriado, o que justificaria a voz rouca. Após o debate, a equipe de campanha já havia dito que Biden estava doente.

Mídia e analistas americanos avaliam que Biden 'perdeu' o debate. O democrata deixou uma imagem oposta à mostrada por Trump, que adotou um tom claro e enérgico, e desapontou até mesmo seus apoiadores.

"A atuação de Biden foi decepcionante, não há outra forma de dizer isso", admitiu Kate Bedingfield, ex-diretora de comunicação da Casa Branca durante os primeiros anos do governo democrata.

Embora elogiada por Biden, sua performance ligou um alerta em alas do partido. Alguns aliados temem que o desempenho do presidente possa afundá-lo nas pesquisas eleitorais e já começam a falar em uma possível substituição. "Estamos ferrados", disse à ANSA um integrante do partido.

Como foi o debate

Biden, 81, e Trump, 78, não apertaram as mãos ao se dirigirem aos pódios. Não havia público ao vivo e os microfones eram desligados enquanto o outro falava — regras acordadas pelos dois lados.

Aborto e imigração foram alguns dos temas centrais do debate. O republicano disse que, se eleito, não proibirá o acesso a medicamentos para interrupção voluntária da gravidez, enquanto o democrata apoiou a reinclusão do direito ao aborto na Constituição. Quando falaram sobre imigração, os dois se atacaram: enquanto Trump insinuou que alguns estrangeiros fossem criminosos e terroristas, Biden acusou seu antecessor de separar famílias, colocando-as em "jaulas".

Candidatos também falaram sobre as guerras na Ucrânia e no Oriente Médio. Biden afirmou que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, é um "criminoso de guerra", e Trump repetiu a tese de que, se os EUA tivessem um presidente "respeitado", a guerra não aconteceria. Ambos demonstraram apoio a Israel na guerra contra o Hamas, embora o democrata tenha reforçado a necessidade de se "tomar cuidado" com as armas utilizadas em áreas mais populosas.

(Com AFP e ANSA)

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