JD Vance é político que vai ficar sob as asas do Trump, analisa professora
Colaboração para o UOL, em São Paulo
15/07/2024 19h43Atualizada em 15/07/2024 20h29
O senador republicano escolhido para ser vice-presidente na chapa com Donald Trump, JD Vance, é um político que vai ficar sob as asas do ex-presidente republicano, analisou a professora de relações internacionais da UFS (Universidade Federal de Sergipe) Bárbara Motta durante entrevista ao UOL News 2ª Edição desta segunda-feira (15).
Vance tem 39 anos e nasceu em Middletown, no estado de Ohio (Estados Unidos). Ele é senador por seu estado desde de 2023. Em seu site, J.D. se apresenta como "conservador outsider, fuzileiro, empresário e autor".
Além do Vance ser jovem, um fato importante para essas eleições, ele é um político que compra de modo menos crítico, menos reflexivo, o trumpismo. Isso é importante para figuras populistas como o Trump que se sustentam e se apresentam como a cara da liderança. Que envolvem o seu cargo político com sua imagem, com a sua personalidade. Bárbara Motta, professora de relações internacionais da UFS
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Ter alguém, por exemplo, como o [Marco] Rubio, que era um outro candidato na lista de possíveis vice-presidentes, seria colocar um vice-presidente com uma imagem também forte e que, potencialmente, poderia colocar em risco esse status do Trump. Bárbara Motta, professora de relações internacionais da UFS
O Vance, se a chapa for eleita, vai ser um vice-presidente que provavelmente desse ponto de vista dos egos e status, vai ficar bastante sob as asas do Trump. Então, coloca menos em risco toda essa construção imagética do Trump como a cara da liderança. Bárbara Motta, professora de relações internacionais da UFS
A professora cita a importância de um nome como o de Vance para atrair atenção de um eleitorado promissor do "rust belt", região do cinturão da ferrugem nos Estados Unidos crucial para os candidatos à presidência dos EUA.
Em relação ao 'rust belt' é um ponto bastante importante [na história de Vance]. Não só pela lógica de que é fácil ser empático a essa trajetória, mas pelo fato de que é uma área bastante cara para a campanha do Trump. Bárbara Motta, professora de relações internacionais da UFS
Trump fala diretamente com esse setor que perdeu emprego nos últimos anos, seja para empregos mais tecnológicos, seja para a China com todas essas novas dinâmicas econômicas internacionais. Esse setor é um setor que normalmente apoia o Trump e que ele fala diretamente com ele no sentido de 'traremos de novo esses empregos'. Não só pelos retornos dos empregos em si, mas por esse resgate do sonho americano, ascensão progressiva e futuro promissor da classe média. Bárbara Motta, professora de relações internacionais da UFS
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