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Maduro provoca oposição sobre eleições venezuelanas: 'Não quero choradeira'

Colaboração para o UOL, em São Paulo

23/07/2024 08h15

Candidato à reeleição à presidência da Venezuela, Nicolás Maduro afirmou que vencerá o pleito marcado para o próximo domingo (28) e provocou a oposição ao dizer que não quer "choradeira".

O que aconteceu

Maduro disse estar confiante de sua vitória nas urnas. O presidente venezuelano, que busca confirmar seu terceiro mandato consecutivo, alfinetou a oposição durante discurso para apoiadores em San Cristóbal, na segunda-feira (22), em que ressaltou ter o apoio das Forças Armadas e da maioria da população para confirmar sua vitória "de lavada".

Presidente declarou que oposição deverá respeitar o resultado das urnas "sem fazer show, nem choradeira" porque ele vai "ganhar de lavada". "Já sei o final do filme. Ninguém vai manchar o processo eleitoral da Venezuela, porque não permitirei isso. Terão que respeitar os resultados", afirmou.

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Para Maduro, a oposição quer "transformar a Venezuela na Argentina de Milei" com foco nas privatizações de serviços públicos. "Não quero show, nem historinha. Os covardes já perderam desde agorinha", entoaram seus apoiadores em meio às falas em San Cristóbal.

Eleições na Venezuela

As eleições venezuelanas, previstas para acontecer neste final de semana, estão marcadas por incertezas. Recentemente, Nicolás Maduro gerou polêmica ao declarar que, "se não querem que o país caia em um banho de sangue", é preciso "garantir a maior vitória da história eleitoral do nosso povo", em referência a própria candidatura.

Fala de Maduro repercutiu negativamente e o presidente Lula (PT) disse que o líder venezuelano precisa respeitar o resultado, mesmo em caso de derrota. "Nicolás Maduro precisa aprender que, quando se perde, é preciso respeitar o resultado e ir embora". Posteriormente, a oposição agradeceu o apoio do petista ao processo lícito eleitoral da Venezuela.

Chavismo na "berlinda". No domingo (28), mais de 20 milhões de venezuelanos vão às urnas eleger o novo presidente ou dar prosseguimento ao mandato de Maduro. Esta, entretanto, é a primeira vez que o chavismo pode ser derrotado, porque o opositor Edmundo Gonzalez é apontado como o favorito pelas pesquisas de intenções de votos. Maduro aparece em segundo.

Brasil enviou representante a Caracas para acompanhar as eleições. O assessor especial da presidência, Celso Amorim, foi o escolhido por Lula para acompanhar o pleito no país vizinho. Dois representantes do Tribunal Superior Eleitoral do Brasil também estão na Venezuela. No país já estão observadores do Centro Carter e representantes da ONU para acompanhar o resultado das urnas e conferir transparência às eleições.

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