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EUA apreendem avião de Maduro na República Dominicana e levam para Flórida

Do UOL, em São Paulo

02/09/2024 15h13Atualizada em 02/09/2024 18h58

Os Estados Unidos apreenderam o avião pertencente ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e o levaram para a Flórida.

O que aconteceu

Avião estava na República Dominicana. Apreensão foi nesta segunda-feira (2), e os EUA alegaram que a compra da aeronave violava as sanções aplicadas pelo país.

Aeronave, um avião Dassault Falcon 900EX, foi comprada por 13 milhões de dólares (R$ 73 milhões na cotação atual). Segundo comunicado dos EUA, avião foi adquirido ilegalmente e contrabandeado.

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Venezuela qualificou o confisco do avião de Maduro como "pirataria". "Mais uma vez as autoridades dos Estados Unidos da América, em uma prática criminosa reincidente que não pode ser qualificada de outra coisa que não seja pirataria, confiscou ilegalmente uma aeronave que vinha sendo utilizada pelo presidente da República", diz comunicado do Ministério das Relações Exteriores.

Flight Radar 24 mostrou o percurso do avião. O portal de rastreamento de aeronaves identificou o jato particular saindo de Santo Domingo para Fort Lauderdale na manhã desta segunda-feira (2)

O Departamento de Justiça apreendeu uma aeronave, adquirida ilegalmente por 13 milhões de dólares por meio de uma empresa de fachada e foi contrabandeada para fora dos Estados Unidos para ser usada por Nicolás Maduro e seus comparsas.
Procurador-geral Merrick Garland, em comunicado

Apreensão em meio à tensão por eleição. A apreensão da aeronave ocorre em um momento em que os EUA, e grande parte da comunidade internacional, se opuseram à decisão do Supremo Tribunal da Venezuela de validar a reeleição de Maduro. A oposição alega ter vencido o pleito, ocorrido no final de julho.

Consequências da "má governança". Porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca disse nesta segunda-feira (2) que a apreensão foi "um passo importante para garantir que Maduro continue a sofrer as consequências de sua má governança".

"Maduro e seus representantes falsificaram os resultados da eleição presidencial de 28 de julho, reivindicaram ilegalmente a vitória e conduziram uma repressão em grande escala para se manter no poder pela força", diz o comunicado.

Sanções de Washington

Em agosto de 2019, EUA proibiram transações com pessoas que tenham "direta ou indiretamente agido para ou em nome do governo da Venezuela". Ordem, emitida sob a presidência do republicano Donald Trump, valia para qualquer pessoa dos Estados Unidos.

Desde 2005, Washington impõe sanções a indivíduos e entidades na Venezuela. Proibições são para aqueles "que se envolveram em ações criminosas, antidemocráticas ou corruptas", segundo um documento do Congresso americano. "Em resposta aos crescentes abusos dos direitos humanos e à corrupção do governo de Nicolás Maduro, no poder desde 2013, a Administração Trump expandiu as sanções americanas para incluir outras sanções financeiras, sanções por setores e ao governo", segundo a mesma fonte.

Com AFP, Reuters e RFI

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