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Rússia pede que EUA suspendam ataques contra Houthis no Iêmen

Sergey Lavrov pediu um diálogo político entre as partes para evitar derramamento de sangue Imagem: Alex Ferro/G20

Do UOL*, em São Paulo

16/03/2025 09h49

O ministro de relações exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, teve uma conversa telefônica com o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, para pedir que os norte-americanos cessarem os ataques ao grupo rebelde Houthis.

O que aconteceu

Lavrov e Marco tiveram uma conversa por telefone ontem. Rubio informou da decisão dos EUA de lançar uma operação militar contra as forças houthis na região do Mar Vermelho.

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O ministro russo pregou um diálogo político entre as partes. Ele disse que é importante evitar mais um "derramamento de sangue". Os Houthis são aliados do Irã, que é um dos parceiros da Rússia.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou ontem uma "ação militar decisiva e poderosa" contra os Houthis. Um vídeo divulgado pelo governo americano mostrou os caças decolando de um porta-aviões para atacar alvos no Iêmen. As informações foram divulgadas pelo Comando Central dos EUA (Centcom) em publicação no X.

Ao menos 31 mortos e outros 101 ficaram feridos nos ataques dos EUA. A maioria mulheres e crianças, segundo Anees al-Asbahi, porta-voz do Ministério da Saúde Houthi.

Os houthis classificaram os ataques como "crimes de guerra". "A agressão não ficará sem resposta, e nossas forças armadas iemenitas estão totalmente preparadas para responder à escalada com escalada", disse o grupo em declaração divulgada na emissora Al-Masirah.

Navios de guerra e jatos dos EUA lançaram ataques em todo o Iêmen, segundo o Washington Post. A ação visa radares, locais de defesa aérea e pontos de lançamento de drones. A operação marca o início de uma campanha renovada para degradar as capacidades militares do grupo, informou a publicação.

No dia 11 de março, os houthis anunciaram que retomariam seus ataques contra barcos que considerassem vinculados a Israel no Mar Vermelho. Uma demonstração de apoio aos palestinos da Faixa de Gaza.

O grupo rebelde alegou que havia tomado a decisão porque Israel não havia permitido a retomada do fornecimento de ajuda à Faixa de Gaza. O fornecimento de ajuda à região, devastada por uma guerra entre Israel e o grupo Hamas, foi bloqueado por Israel em 2 de março.

Os houthis no Iêmen são definidos como rebeldes no Ocidente em virtude do apoio recebido pelo Irã. Ao longo dos últimos 10 anos, eles formaram a principal força militar e institucional do conflagrado país árabe. Além disso, o grupo controla desde 2014 a capital Sanaa com todos os Ministérios e o Banco Central, bem como partes das regiões do centro e norte.

Com informações da AFP, Ansa-Brasil e Reuters

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