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Mergulhadores recuperam câmeras de iate de luxo que naufragou na Itália

Buscas após naufrágio de iate na Itália Imagem: Louiza Vradi/Reuters

Do UOL, em São Paulo

16/09/2024 21h59Atualizada em 16/09/2024 22h15

Mergulhadores da Marinha italiana recuperaram as câmeras de segurança do iate de luxo que naufragou na costa da Sicília, no país, em agosto. O bilionário britânico Mike Lynch, a filha dele e outras cinco pessoas morreram no naufrágio.

O que aconteceu

Recuperação do equipamento pode ajudar a esclarecer porque o iate afundou durante uma tempestade. A confirmação do encontro das câmeras foi divulgada pela agência de notícias Reuters e pela mídia local italiana.

Mergulhadores especializados seguem vasculhando os destroços do naufrágio. A continuidade das apurações ocorre a pedido da promotoria. Segundo Daniele Governale, oficial da guarda costeira em Palermo, os mergulhadores estão utilizando um equipamento que possibilita fazer mergulhos repetidas vezes em até 40 minutos. A guarda costeira também retirou fotografias subaquáticas com um veículo operado remotamente para ajudar no plano para a retirada dos destroços do iate do fundo do mar.

Na quinta-feira (12), os mergulhadores recuperaram parte do convés, material de computador, câmeras de segurança, discos rígidos e vários outros equipamentos, informou uma fonte à Reuters.

Dispositivos eletrônicos recuperados vão passar por análise fora da Sicília. Eles serão levados para laboratórios especializados em que será possível verificar suas condições e recuperar possivelmente os seus dados.

Três tripulantes, incluindo o capitão, estão sob investigação de homicídio culposo (quando não há intenção de matar) e naufrágio. Conforme a agência, ser investigado não significa que ele é culpado e não necessariamente que as acusações formais seguirão no processo.

Os promotores do caso também informaram que a investigação demorará e também será preciso que o iate seja retirado do mar. O iate está a uma profundidade de cerca de 50 metros.

Sete pessoas morreram

Sete pessoas morreram. A primeira vítima foi identificada como Recaldo Thomas, chef de cozinha no iate. Também foram resgatados os corpos de: Mike Lynch e Hannah Lynch; Jonathan Bloomer, presidente do Morgan Stanley International, e sua esposa Judy; e de Chris Morvillo, um advogado dos Estados Unidos, e sua esposa Neda.

Investigadores continuam revisando as ações e decisões do capitão do iate Bayesian, o neozelandês James Cutfield, 51, e do primeiro oficial francês Matthew Griffith, 22. O objetivo é determinar o papel e a responsabilidade de cada um no naufrágio.

No total, 22 pessoas estavam no iate de 56 metros de comprimento. O barco de luxo estava ancorado no porto de Porticello, perto de Palermo, quando virou durante uma forte tempestade (veja imagens do momento do naufrágio). A embarcação havia deixado o porto de Milazzo em 14 de agosto e foi rastreada pela última vez a leste de Palermo, na noite do dia 18, com status de navegação "ancorado".

Quinze pessoas sobreviveram. A embarcação está deitada de lado a uma profundidade de cerca de 50 metros.

Acidente foi comparado ao naufrágio de um gigante italiano. Luca Cari, chefe de comunicação de emergência do Bombeiros, declarou ao Corriere que o episódio é "um pequeno [Costa] Concordia". Em 2012, a embarcação tombou na região da Toscana, também na Itália, e afundou deixando 32 mortos. Na ocasião, o navio se chocou com rochas e teve o casco perfurado pelas pedras.

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