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Israel diz que matou comandante do Hezbollah em ataque aéreo em Beirute

Do UOL, em São Paulo

24/09/2024 12h47Atualizada em 24/09/2024 12h56

O Exército de Israel anunciou nesta terça-feira (24) que matou Ibrahim Muhammad Qabisi, comandante da força de mísseis e foguetes do Hezbollah, em um ataque aéreo no subúrbio de Beirute.

O que aconteceu

Qabisi foi atingido junto a outros comandantes do Hezbollah. O anúncio foi feito em um comunicado no Telegram pelas Forças de Defesa israelenses. "Aviões de combate da Força Aérea eliminaram nesta terça-feira no [subúrbio de] Dahieh Ibrahim Mohamed Qabisi, comandante do sistema de mísseis de foguetes da organização terrorista Hezbollah", diz o texto.

Ibrahim Qabisi comandava várias unidades de mísseis do grupo xiita, segundo o Exército de Israel. "Ao longo dos anos e durante a guerra, ele foi responsável pelo lançamento de mísseis contra os civis israelenses", diz o comunicado.

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As Forças de Defesa israelenses destacaram que Qabisi era uma fonte significativa de conhecimento na área de mísseis. Ele tinha laços estreitos com altos líderes militares do Hezbollah. "Ibrahim Muhammad Qabisi entrou para o Hezbollah na década de 1980 e desde então desempenhou várias funções militares significativas dentro da organização. Nessas funções, foi responsável pelo planejamento e execução de numerosos ataques terroristas contra civis e soldados israelenses", afirmou o Exército de Israel.

O Hezbollah ainda não se pronunciou publicamente. Apesar disso, uma fonte próxima do movimento xiita confirmou a morte de Ibrahim Muhammad Qabisi à AFP.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse hoje que Israel continuará bombardeando posições do Hezbollah no Líbano. Netanyahu pediu aos cidadãos libaneses que "se livrem das garras do líder do grupo militante, Hassan Nasrallah".

"Nossa guerra não é com vocês, nossa guerra é com o Hezbollah. Nasrallah está levando vocês à beira do abismo... Livrem-se das garras de Nasrallah, para o seu próprio bem", afirmou.

Israel lançou novo ataque contra o Líbano

Israel lançou uma nova onda de ataques contra o Líbano na manhã de hoje. Ao menos seis pessoas morreram e 15 ficaram feridas, segundo informações do Ministério da Saúde libanês.

Bombardeios foram registrados no sul e leste do Líbano, segundo a agência estatal NNA. O ataque atingiu o bairro de Ghobeiry, onde acontecia um funeral de oito pessoas, incluindo cinco mulheres, mortas na sexta-feira (20) em outro bombardeio.

O Exército de Israel diz que atingiu dezenas de alvos do Hezbollah, incluindo integrantes do grupo e armas, em represália a um ataque noturno. Segundo fontes de defesa citadas pela imprensa israelense, um dos alvos foi Abu Jawad Harikhi, um dos comandantes do sistema de mísseis da organização extremista. Ainda não há informações se ele foi atingido.

Hezbollah lança foguetes contra o norte de Israel desde a meia-noite. Na madrugada, projéteis atingiram uma base aérea e um campo de aviação nas proximidades da cidade de Afula. Horas depois, o grupo atacou a cidade de Kiryat Shmona, atingindo prédios e causando incêndios. Segundo Israel, cerca de 100 projéteis foram lançados, mas a maioria foi interceptada.

Voos foram cancelados no Aeroporto Internacional Rafic Hariri, em Beirute. Pelo menos 40 voos com destino ou saída de Beirute foram cancelados na manhã de hoje. Algumas companhias, como a Qatar Airways e Lufthansa, decidiram suspender todos os seus voos para o Líbano, mas as autoridades libanesas decidiram manter a operação aérea.

Pelo menos 558 pessoas morreram e 1.835 ficaram feridas nos bombardeios de ontem, informou o governo libanês. Os ataques desta semana são os mais mortais no Líbano desde a guerra civil, entre 1975 e 1990.

"A grande maioria dos mortos, senão todos, eram pessoas desarmadas que estavam em suas casas", disse o ministro libanês da Saúde, Firass Abiad. Dezenas de milhares de pessoas fugiram de suas casas desde o início dos bombardeios.

Estratégia de Israel é demonstrar força militar para mudar a posição declarada do Hezbollah de que continuará atacando Israel enquanto não houver um cessar-fogo em Gaza. Outro objetivo do governo é retomar o controle do norte do país, de onde milhares de israelenses fugiram desde que o Hezbollah passou a disparar mísseis contra Israel, em 8 de outubro.

Com AFP e Reuters

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