Líbano sofre maior ataque desde a guerra de 2006
Do UOL
24/09/2024 09h55
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O Líbano anunciou no começo desta manhã que pelo menos 558 pessoas, incluindo 50 crianças e 93 mulheres, foram mortas nos ataques israelenses de ontem e hoje.
É o maior número de mortos desde os bombardeios israelenses no país em 2006. Cerca de 100 mil pessoas deixaram as áreas mais atingidas, no sul do país.
Israel afirmou ter realizado ontem 1,6 mil ataques ao que diz serem instalações do grupo xiita Hezbollah e que a ofensiva continua nesta terça-feira.
Há relatos de dezenas de ataques com foguetes realizados pelo Hezbollah contra o norte de Israel. O governo afirma que cerca de 60 mil moradores deixaram a região.
ONU sob pressão
O presidente Lula faz hoje o discurso de abertura da 79ª Assembleia Geral da ONU.
A reunião ocorre em meio à percepção de que a organização fracassou no enfrentamento das mudanças climáticas, manutenção da paz internacional e solução da questão palestina. Um dos temas da fala do presidente brasileiro deve ser justamente a reforma das instituições internacionais, incluindo a própria ONU.
Joe Biden também discursa nesta terça e, em defesa de seu legado, deve dizer que "restabeleceu a liderança dos EUA no mundo".
Pacote chinês
A China anunciou hoje um grande pacote que visa estimular a economia, que ainda não se recuperou do impacto da pandemia.
Entre as medidas, estão o corte da taxa básica de juros, a redução das reservas que os bancos não podem emprestar e a injeção do equivalente a quase US$ 110 bilhões no mercado acionário.
Após o anúncio, o principal índice da bolsa chinesa subiu 4,33%. Analistas ouvidos pelo jornal Wall Street Journal disseram que as ações vão na direção correta, mas há dúvidas se serão suficientes para o cumprimento da meta de crescimento de 5% estabelecida pelo governo.
EUA versus China
Os EUA anunciaram planos para proibir softwares e componentes chineses e russos em carros, caminhões e ônibus vendidos no país. Segundo a secretária de Comércio, Gina Raimondo, a medida visa impedir que governos inimigos "possam manipular veículos nas estradas americanas".
A proibição se aplicará sobretudo a tecnologias que permitem a direção autônoma e a conexão dos carros a redes externas, como a internet e ao GPS. "Não é difícil imaginar como um inimigo externo com acesso a essas informações poderia representar um sério risco à nossa segurança nacional como à privacidade dos cidadãos dos EUA."
A China afirmou que os EUA estão ampliando o "conceito de segurança nacional para atingir de forma injusta empresas chinesas".
Varíola na Índia
A Índia confirmou nessa segunda-feira o primeiro caso no país da variante clado 1b da varíola dos macacos. É o terceiro registro da cepa do vírus fora da África. Os outros casos foram diagnosticados na Suécia e na Tailândia.
A varíola dos macacos, ou mpox, provocada pela variante clado 1b é mais contagiosa e fatal do que a versão da doença que provocou a epidemia global em 2022. O atual surto da doença teve origem na República Democrática do Congo.
Segundo a OMS, neste ano houve pelo menos 30 mil casos da doença na África, com 800 mortos. No dia 15 do mês passado, a OMS declarou a mpox uma emergência de saúde global pela segunda vez em dois anos.
Deu no Wall Street Journal
O vasto arsenal do Hezbollah espera por Israel no Líbano. A reportagem afirma que, embora Israel tenha colocado o grupo xiita na defensiva com a explosão de pagers e os ataques aéreos, uma eventual guerra terrestre entre os dois lados seria "outra história".
O texto argumenta que o Hezbollah possui uma enorme reserva de foguetes, drones e modernos mísseis antitanque e tem a vantagem do terreno. "É como dizer aos EUA nos anos 80: 'Vamos voltar ao Vietnã'", segundo Daniel Byman, pesquisador do Centro de Estudos Estratégicos de Washington, entrevistado pelo jornal. Leia mais