Israel anuncia morte de oito soldados em operações terrestres no Líbano
Do UOL, em São Paulo
02/10/2024 10h20Atualizada em 02/10/2024 12h04
Ao menos oito oficiais israelenses morreram em combates durante incursões terrestres no sul do Líbano.
O que aconteceu
Todas as mortes ocorreram nesta quarta-feira (2), segundo as Forças de Defesa de Israel (IDF). O Capitão Eitan Itzhak Oster, 22, foi primeiro a ter a morte confirmada. Um vídeo do soldado falando sobre incursão terrestre foi compartilhado por autoridades. "Não há ninguém mais orgulhoso do que eu por liderar os combatentes no cumprimento das missões", diz Eitan em publicação feita pelo ministro de Assuntos da Diáspora de Israel, Amichai Chikli.
Soldados morreram em uma batalha contra o Hezbollah e em dois "incidentes" que não foram detalhados pelo Exército. Segundo o IDF, o capitão Eitan e quatro colegas da Unidade de Comando de Egoz morreram baleados. Dois soldados da unidade de Golani foram mortos em um "incidente separado" e um soldado da Unidade de Engenharia de Yahalom em outra situação.
Todos os mortos têm menos de 24 anos. Os mais novos têm 21 anos, segundo o IDF. Além dos mortos, ao menos sete soldados foram "gravemente feridos" nos ataques. Israel não detalhou quantos membros do Hezbollah teriam morrido nas incursões terrestres em Gaza. Desde 23 de setembro, mais de mil pessoas morreram em bombardeios israelenses no Líbano.
Incursão terrestre no Líbano começou na terça
Ataques ocorrem contra alvos do Hezbollah na região sul do país, diz exército israelense. Em comunicado, as Forças de Defesa afirmaram que a aviação e a artilharia realizam ataques de apoio na área.
Mais de vinte vilas libanesas perto da fronteira receberam ordem de evacuação. Mais de um milhão de pessoas foram deslocadas pela guerra desde 23 de outubro, segundo a Organização das Nações Unidas.
Início da incursão ocorreu horas antes de bombardeio do Irã a Tel Aviv. Ataque foi uma resposta ao assassinato dos líderes do Hamas e do Hezbollah, informaram os iranianos. Uma parte dos mísseis caiu sobre cidades israelenses, mas a maioria foi interceptada. Três pessoas ficaram feridas na Jordânia, informou o governo local.
Israel promete retaliar o Irã após os ataques de mísseis. Segundo especialistas ouvidos pelo UOL, a resposta pode provocar uma escalada da guerra. Agentes importantes no cenário mundial, incluindo os Estados Unidos e Rússia, podem dar um novo desenho ao conflito.
Presidente Joe Biden disse que apoia "totalmente" os israelenses. Ele declarou que discutiria ainda hoje uma resposta militar com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu.