Mortes na Espanha chegam a 205; moradores estão sem acesso a comida e água
Rafael Leite
Colaboração para o UOL, de Belo Horizonte
01/11/2024 11h26Atualizada em 01/11/2024 11h28
Moradores da Generalidade de Valência, principalmente ao sul, estão com dificuldade de acesso a itens básicos três dias após as fortes chuvas e enchentes que assolaram a Espanha. Número de mortos chegou a 205.
O que aconteceu
Na manhã desta sexta-feira (1º), o serviço de emergência da Generalidade de Valência atualizou o número de mortos para 202. Outras duas vítimas foram encontradas em Castela La Mancha e uma em Andaluzia, totalizando 205. Não foi divulgado o número de desaparecidos.
Estradas continuam com problemas e interdições, o que dificulta a chegada de ajuda e mantimentos. O governo de Valência mobilizou, de forma emergencial, 25 milhões de euros (aproximadamente R$ 157 milhões, em conversão direta) para reconstruir as rodovias gravemente afetadas pela enchente.
Algumas cidades também seguem sem fornecimento de energia elétrica. É o caso de Chiva, que registrou o recorde de chuvas durante a enchente. A cidade também está sem sinal de telefone e sem água.
Milhares de voluntários de Valência estão se organizando nas redes sociais para ajudar as áreas mais atingidas, que ficam no sul. Segundo o jornal El País, eles querem levar comida e água para a população, além de ajudar nos trabalhos de limpeza.
Voluntários pedem: água (para consumo próprio e distribuição), alimentos que não precisem ser cozidos (como sanduíches, frutas, atum, azeitonas, frios, etc.), botas e luvas específicas para limpeza de água e lama, carregadores portáteis já carregados, velas, entre outros, informou a coordenadora de um grupo de voluntários, no Telegram.
O governo pediu que voluntários "não se desloquem às áreas, porque as estradas estão em colapso e os serviços de emergência não têm acesso". Após a publicação no X, pessoas responderam ao comentário questionando e criticando a fala do governo, dizendo que o envio de serviços de emergência é insuficiente.
O governo anunciou na quinta-feira (31) que irá mobilizar 250 milhões de euros (aproximadamente R$ 1,57 bilhões, em conversão direta) para atender às primeiras consequências das enchentes. Esse pacote de ajuda será estruturado em quatro áreas principais e incluirá uma ajuda direta à população, "expressa e sem burocracias", para a compra de móveis ou para corrigir danos em casas.