'Vote para acabar com a Era Trump', diz New York Times em editorial
Do UOL, no Rio
02/11/2024 18h19
Em editorial publicado neste sábado (2), o jornal New York Times reafirmou o apoio à candidata democrata, Kamala Harris. O texto foi publicado com o título "vote para acabar com a Era Trump".
O que aconteceu
Jornal afirma que Trump é inapto para liderar e representa uma ameaça à democracia. "Ele tentou subverter uma eleição e permanece uma ameaça à democracia", diz o texto.
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Texto faz referência ao acesso ao aborto legal. "Ele ajudou a derrubar Roe, com consequências terríveis". Uma referência ao caso Roe vs Wade, uma decisão da Suprema Corte que legalizava o aborto nos Estados Unidos.
"Ele mente sem limites". A publicação afirma que a corrupção de Donald Trump vai além das eleições, "é sua essência". Diz ainda que "ele mente sem limites" e que, se reeleito, o partido Republicano não vai conseguir contê-lo.
"Vai usar o governo para perseguir seus oponentes". Entre os cenários previstos pelo jornal como consequência de um possível novo mandato de Trump, o editorial cita perseguição a oponentes, uma política cruel de deportações em massa, e prejuízos aos pobres, à classe média e à classe trabalhadora.
Outro mandato de Trump prejudicará o clima, diz publicação. Texto diz que um novo mandato também "romperá alianças e fortalecerá autocratas. Os americanos devem exigir algo melhor. Vote", finaliza.
New York Times já havia manifestado apoio à candidata democrata. No final de setembro, o jornal publicou um editorial defendendo que o voto em Kamala Harris era o "único possível". "Essa verdade inequívoca e desanimadora — Donald Trump não tem condições de ser presidente — deveria ser suficiente para que qualquer eleitor que se importe com a saúde do nosso país e a estabilidade da nossa democracia negue a ele a reeleição", dizia o texto.
The Economist também manifestou apoio a Harris. A publicação afirma que agora os riscos são maiores, porque "as políticas do Sr. Trump são piores, o mundo é mais perigoso e muitas das pessoas sóbrias e responsáveis que refrearam seus piores instintos durante seu primeiro mandato foram substituídas por verdadeiros crentes, bajuladores e oportunistas".
Washington Post decidiu não apoiar candidatos e perdeu assinantes. O jornal de Jeff Bezos decidiu deixar de apoiar um candidato presidencial pela primeira vez em 36 anos. Em seguida, o jornal perdeu 250 mil assinantes e três membros do conselho editorial renunciaram a seus cargos. A perda de clientes representa cerca de 10% da circulação paga do Washington Post de 2,5 milhões de assinantes, que inclui também a versão impressa.