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Próxima primeira-dama, Melania se opõe a Trump e defende direito ao aborto

Melania Trump, próxima primeira-dama dos EUA Imagem: Alex Edelman/AFP

Do UOL, em São Paulo

06/11/2024 10h39

Donald Trump foi eleito presidente dos Estados Unidos nesta quarta-feira (6). Ao mesmo tempo em que volta à Casa Branca, a próxima primeira-dama, Melania, lança seu livro de memórias e deixa claro que tem posições diferentes do marido.

O que aconteceu

Intitulado com seu nome, Melania lançou seu livro no começo de outubro nos Estados Unidos. Ele custa cerca de US$ 40 (aproximadamente R$ 232) e no Brasil pode ser adquirido apenas na versão digital.

No texto, Melania defende o direito ao aborto. Segundo o jornal inglês "The Guardian", ela diz: "Por que alguém, além da própria mulher, deveria ter o poder de determinar o que ela faz com seu próprio corpo? O direito fundamental da mulher à liberdade individual, à sua própria vida, lhe concede a autoridade para interromper a gravidez se assim desejar".

Em outro trecho, reforça sua posição. "Restringir o direito de uma mulher de escolher interromper uma gravidez indesejada é o mesmo que negar-lhe o controle sobre seu próprio corpo. Pensei nisso durante toda a minha vida adulta", escreveu a nova primeira-dama de acordo com o jornal.

Trump, por outro lado, se posicionou diversas vezes publicamente contra o aborto fora de três exceções: estupro, incesto e risco à vida da mãe. Foi durante seu governo, em 2022, que aconteceu a nomeação de três juízes conservadores para a Suprema Corte que votaram para derrubar a decisão Roe v Wade, que garantia o direito ao aborto no país desde 1973.

O republicano, porém, evitou discutir o assunto durante a campanha contra os democratas. Ele defendeu que os estados tomassem suas decisões sobre a questão do aborto, o que significaria que alguns estados permitiram o aborto.

O presidente eleito se recusou a dizer como votou sobre o direito ao aborto na terça-feira (5). A cédula usada na Flórida, onde ele votou, questionava se o eleitor aprovava ou desaprovava que legisladores passem leis que penalizem, proíbam, atrasem ou restrinjam abortos no estado. "Você devia parar de falar sobre isso", disse Trump à repórter ao ser questionado sobre o tema.

A consulta de iniciativa cidadã para ampliar o direito ao aborto para além das seis semanas de gestação fracassou no estado. A Flórida votou esmagadoramente em Trump para presidente.

Antes de discutir o aborto, Melania diz no livro que discorda de Trump em alguns aspectos da política de imigração, segundo o "Guardian". "Desentendimentos políticos ocasionais entre mim e meu marido", ela escreve, são "parte do nosso relacionamento, mas eu acreditava em abordá-los em particular, ao invés de desafiá-lo publicamente."

O livro de Melania tem 132 páginas. No texto, ela disse ainda que não acredita no resultado das eleições de 2020, quando o marido perdeu para Joe Biden — não há provas de que houve fraude. A nova primeira-dama também critica o movimento "Black Lives Matter", que ganhou força após George Floyd ser assassinado por um policial.

* Com AFP

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