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Agentes iranianos planejaram para matar Trump, afirmam EUA

Presidente eleito Donald Trump em evento republicano em West Palm Beach em 6 de novembro de 2024 Imagem: CHIP SOMODEVILLA/Getty Images via AFP

Do UOL, em São Paulo

08/11/2024 16h14

Promotores federais afirmaram nesta sexta-feira (8) que conspiradores iranianos discutiram um plano para assassinar Donald Trump antes de ele ser eleito presidente esta semana.

O que aconteceu

Suposto complô foi ordenado pelo IRGC (Corpo da Guarda Revolucionária do Irã). A denúncia foi publicada hoje pelo Departamento de Justiça dos EUA. Segundo a acusação, um agente iraniano seria responsável por usar uma rede de criminosos para vigiar e assassinar alvos do Irã.

O agente iraniano foi identificado como Farhad Shakeri, 51. Em comunicado, o Departamento de Justiça afirmou que Shakeri "foi encarregado, em 7 de outubro de 2024, de fornecer um plano para matar" Trump. Ele teria afirmado que lhe pediram para deixar de lado outros esforços que estava realizando em nome da Guarda Revolucionária e "se concentrar em vigiar e, em última instância, assassinar" Trump, de acordo com uma queixa criminal apresentada no tribunal federal de Manhattan.

O plano custaria uma quantia "enorme" de dinheiro, diz a queixa. "As acusações anunciadas hoje expõem as contínuas tentativas descaradas do Irã de atingir os cidadãos dos EUA, incluindo o presidente eleito Donald Trump, outros líderes governamentais e dissidentes que criticam o regime de Teerã", disse Christopher Wray, diretor do FBI.

Shakeri está foragido. As autoridades acreditam que ele esteja no Irã. Ele imigrou para os EUA quando criança e foi deportado por volta de 2008 após cumprir 14 anos de prisão por roubo. "Existem poucos atores no mundo que representam uma ameaça tão grave à segurança nacional dos Estados Unidos quanto o Irã", disse o procurador-geral Merrick B. Garland.

O departamento anunciou a prisão de outras duas pessoas suspeitas de envolvimento no plano. São eles: Carlisle Rivera, também conhecido como Pop, de 49 anos, do Brooklyn, e Jonathon Loadholt, 36, de Staten Island. Ambos residiam em Nova York. Além de matar Trump, o objetivo da ação também envolvia o assassinato de outras pessoas que residiam nos Estados Unidos.

"O Departamento de Justiça acusou um agente do regime iraniano que foi encarregado pelo regime de direcionar uma rede de associados criminosos para promover os planos de assassinato do Irã contra seus alvos, incluindo o presidente eleito Donald Trump. Também acusamos e prendemos dois indivíduos que alegamos terem sido recrutados como parte dessa rede para silenciar e matar, em solo americano, um jornalista americano que tem sido um crítico proeminente do regime. Não toleraremos as tentativas do regime iraniano de colocar em risco o povo americano e a segurança nacional da América", diz comunicado.

Plano seria retaliação pela morte do comandante da Força Quds do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica, Qasem Soleimani. Um ataque aéreo dos Estados Unidos ao aeroporto de Bagdá, no Iraque, matou o general iraniano, um dos homens mais poderosos do país, em janeiro de 2020. Soleimani tinha 62 anos e liderou as operações militares iranianas no Oriente Médio.

O IRGC é uma agência militar e de contrainteligência iraniana. A guarda é classificada como uma organização terrorista estrangeira pelo Secretário de Estado dos EUA desde 15 de abril de 2019. "O IRGC declarou publicamente seu desejo de vingar a morte de Soleimani e, entre suas atividades, o IRGC planeja e conduz operações de ataque fora do Irã visando cidadãos americanos residentes nos Estados Unidos e no exterior", segundo comunicado do Departamento de Justiça dos EUA.

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