Filhos, Musk e aliados: quem são os cotados para integrar governo Trump
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, já disse que quer se cercar de aliados fiéis no retorno à Casa Branca. A primeira escolha foi anunciada nesta quinta-feira (7): Susie Wiles, codiretora de sua campanha, será a chefe de gabinete. É a primeira mulher a ocupar o cargo na história.
Durante sua participação no podcast de Joe Rogan, Trump alegou que o maior erro de seu primeiro mandado foi ter contratado pessoas que "não eram leais a ele" — o alvo dele ao fazer esse comentário foi John Kelly, chefe de gabinete na sua gestão. Kelly já disse que o ex-chefe não entende a Constituição e criticou supostos elogios que o próximo presidente fez a Adolf Hitler. Trump, por sua vez, chamou Kelly de "retardado" durante a entrevista.
O anúncio da nova equipe deve ser feito gradualmente nos próximos dias, mas alguns nomes já são ventilados para estar ao lado do republicano nos próximos quatro anos.
Quem são os cotados para integrar o governo
Elon Musk
O bilionário diretor da Tesla e dono do X (antigo Twitter) acompanhou a apuração dos votos ao lado de Trump. Musk se tornou um dos grande apoiadores do novo presidente dos EUA nos últimos meses e especula-se que ele gastou US$ 119 milhões (cerca de R$ 714 milhões) para apoiar a campanha.
Mas esse apoio não veio de graça: Trump teria prometido um cargo no governo à Musk, caso ganhasse. O bilionário está cotado para ser o chefe de um novo gabinete, o Departamento de Eficiência Governamental, que cuidará de criptomoedas e do desempenho financeiro de todo o governo.
Robert F. Kennedy Jr.
Sobrinho do ex-presidente John Fitzgerald Kennedy, o advogado e ambientalista era candidato à Presidência, mas resolveu desistir e passou a apoiar Trump. O cargo que pode ter sido oferecido a ele será focado em saúde pública, o que coloca os democratas em atenção -- Kennedy Jr. é antivacina e faz campanha contra os imunizantes desde a pandemia da covid-19.
Ele já fez declarações dizendo que as vacinas são responsáveis pelo autismo nas crianças sem apresentar nenhuma evidência científica. O advogado já declarou que se assumir o cargo irá analisar a eficácia das vacinas.
Eric e Lara Trump
O terceiro filho de Donald Trump com Ivana Trump é vice-presidente das Organizações Trump, conglomerado da família. Casado há 10 anos com Lara Trump, co-presidente da organização Republicana, tem tudo para ocupar um lugar nas cadeiras de confiança do pai.
Donald já tinha dito em uma entrevista em 2023 que não queria mais que a família ocupasse cargos públicos caso fosse eleito novamente porque é "muito sofrido". Em seu primeiro mandato Ivanka Trump, filha do republicano, e seu marido Jared Kushner, foram conselheiros do governo.
Barron e Donald Trump Jr.
Ao contrário do que Trump disse, ninguém espera que sua família fique longe do salão oval. Donald Trump Jr. é o primeiro filho do presidente eleito e muito ativo politicamente. É conselheiro do Movimento MAGA (Make America Great Again) e foi bem participativo na escolha do vice do pai, J.D. Vance. O caçula da família, Barron, tem 18 anos e sua função no governo do pai deve ser manter todos por dentro do que está acontecendo com a geração Z.
Mike Pompeo
Pompeo foi secretário de Estado e diretor da CIA no primeiro governo de Trump. Ele é um dos nomes considerados para ocupar a Secretaria de Defesa americana. Entre as pessoas próximas ao novo presidente, ele é um dos que mais defende a Ucrânia no conflito com a Rússia.
Richard Grenell
Grande defensor do governo Trump, ele já vem buscando um espaço no novo mandado há bastante tempo. Em uma entrevista ao jornal americano "The New York Times" em maio deste ano, disse que seu objetivo era ser Secretário de Estado, mas, ao que parece ocupará, o cargo de Conselheiro de Segurança Nacional.
Marco Rubio
O senador da Flórida disputou com Trump a vaga para concorrer a Presidência entre os republicanos em 2016. Ainda não se sabe qual cargo ele pode ocupar, mas suas políticas e posições são muito alinhadas com a do novo presidente.
J.D. Vance
O governo de Trump ainda nem começou, mas Vance já está cotado para ser o candidato dos republicanos em 2028 —de acordo com a lei americana, ninguém pode ocupar o cargo por mais de duas vezes. Por muito tempo ele foi um crítico duro de Trump, mas recebeu o apoio do presidente eleito quando concorreu a um cargo no Senado em Ohio, em 2022.