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Embaixada argentina, sob tutela do Brasil, sofre cerco em Caracas

Imagens do cerco à embaixada da Argentina em Caracas Imagem: Redes sociais

do UOL, em São Paulo

23/11/2024 22h51

Asilados venezuelanos na embaixada argentina em Caracas, sob a tutela do Brasil desde agosto, denunciaram neste sábado (23) um cerco policial ao prédio.

Segundo os opositores, drones e agentes encapuzados foram usados na operação, intensificando o clima de tensão na sede diplomática. O governo brasileiro ainda não se manifestou sobre o ocorrido.

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O que aconteceu

Drones são usados em cerco à embaixada argentina em Caracas. A sede diplomática, atualmente sob proteção do Brasil, abriga seis opositores do governo venezuelano que buscaram asilo político.

Ex-deputado denuncia agentes encapuzados e bloqueio na rua. Pedro Urruchurtu, também asilado na embaixada, afirmou em redes sociais que os policiais pertencem à Direção de Ação Estratégica e Tática (DAET) e ao Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin). Ele relatou que os agentes estão posicionados em diferentes pontos ao redor da sede e que o sinal de celular foi bloqueado.

Vídeos mostram bandeira brasileira e viaturas no local. Em um dos registros compartilhados por Urruchurtu, é possível ver a bandeira do Brasil hasteada na embaixada e uma viatura policial estacionada em frente. A tensão persiste desde a noite do dia 23 de novembro, sem sinal de desmobilização.

Cerco reforça denúncias de perseguição a opositores na Venezuela. A operação é vista como mais um episódio de repressão do governo de Nicolás Maduro contra críticos e desafetos políticos. Organizações de direitos humanos já manifestaram preocupação com o caso e pedem ações internacionais para proteger os asilados.

Argentina condena cerco policial à sua embaixada em Caracas. O Ministério das Relações Exteriores da Argentina repudiou os atos de assédio contra os opositores asilados na sede diplomática, atualmente sob proteção do Brasil.

Fechamento de ruas e tropas armadas violam normas internacionais. Segundo o comunicado oficial, as ações das forças de segurança venezuelanas representam uma violação do direito internacional, que assegura proteção às embaixadas e aos asilados.

Argentina pede ação da comunidade internacional. O governo argentino apelou para que outros países condenem as práticas do regime de Nicolás Maduro e exijam um salvo-conduto para que os opositores possam deixar a Venezuela em segurança.

Agradecimento ao Brasil pelo apoio diplomático. O comunicado elogiou o governo brasileiro pela proteção da embaixada e pelos esforços para garantir a segurança dos asilados. A Argentina reafirmou seu compromisso com os direitos humanos e a segurança de refugiados políticos.

Ministério das Relações Exteriores diz acompanhar a situação. Fontes do Itamaraty informaram ter conhecimento da situação na embaixada da Argentina em Caracas, mas não vão comentar a questão.

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