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FBI: Homem que fez ataque nos EUA agiu sozinho e '100% inspirado pelo ISIS'

Do UOL, em São Paulo

02/01/2025 14h21

Não há indícios de que o ex-militar Shamsud-Din Jabbar, suspeito de ataque terrorista que deixou ao menos 14 mortos em Nova Orleans na quarta-feira (1º) tenha recebido ajuda para cometer o crime.

O que aconteceu

FBI informou que o homem "aparentemente agiu sozinho". A declaração foi dada pelo órgão a jornalistas nesta quinta-feira (2). Durante o pronunciamento, o órgão revisou o número de mortos, que a princípio era de 15 pessoas, segundo divulgado pela cidade de Nova Orleans. O órgão não explicou o que causou a mudança.

Shamsud foi "100% inspirado pelo Estado Islâmico", diz FBI. O porta-voz Christopher Raia afirmou que as redes sociais do veterano estão sendo analisadas e que trabalhos de inteligência com órgãos parceiros buscam "se aprofundar sobre essa conexão".

Bombas foram deixadas pelo homem em ruas de Nova Orleans. Segundo o órgão, câmeras de segurança gravaram o momento em que os artefatos foram abandonados pelo homem. Dois explosivos foram encontrados e desarmados pela polícia: um deles estava em um cruzamento da rua do ataque e outro estava duas quadras do lado do ponto do atropelamento.

Não há "vínculo conclusivo" entre ataque em Nova Orleans e explosão de tesla em Las Vegas. O FBI investigava se os dois casos estavam conectados. Um soldado da ativa do Exército dos EUA morreu na explosão do veículo, que estava na frente de um hotel do presidente eleito Donald Trump, também nessa quarta.

Não acreditamos, neste momento, que mais alguém esteja envolvido neste ataque, além de Shamsud Din Jabbar.
Christopher Raia, alto funcionário do FBI, em coletiva de imprensa

Relembre o caso

Shamsud-Din Jabbar, ex-militar e cidadão norte-americano que morava no Texas, deixou 14 mortos após avançar com caminhonete contra multidão em Nova Orleans. O ataque ocorreu por volta de 3h15 no horário local (6h15 no horário de Brasília) desta quarta-feira.

O FBI investiga o ataque como terrorismo. Uma bandeira do Estado Islâmico foi encontrada no carro, assim como armas e explosivos. Além de matar 14 pessoas, o atropelamento também feriu 35. Não há detalhes do estado de saúde dos feridos.

Atropelamento foi intencional, segundo a polícia. A superintendente Anne Kirkpatrick declarou que o suspeito demonstrou "comportamento muito intencional" e que estava "tentando atropelar o máximo de pessoas possível".

Após o ataque, o motorista atirou contra a polícia, atingindo dois oficiais. Ambos passam bem, informou Kirkpatrick. "Ontem à noite, tivemos mais de 300 policiais aqui (...) ele [motorista] estava decidido a provocar uma carnificina", afirmou.

Em seguida, o condutor foi morto pela polícia. "Depois que o veículo parou, o suspeito teria aberto fogo contra os policiais que responderam, que revidaram", afirmou o Departamento de Polícia de Nova Orleans. O FBI confirmou. Ainda não há informações sobre a motivação do crime.

Moradores locais e turistas se reuniam na avenida para assistir a um concerto ao ar livre e à contagem regressiva para o Ano-Novo. A região também estava lotada porque os restaurantes ofereciam promoções e apresentações especiais.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, interrompeu sua agenda para lidar com a crise. "Não há justificativa para nenhum tipo de violência e não toleraremos nenhum ataque a nenhuma das comunidades de nosso país", disse o presidente. "Biden entrou em contato com a prefeita de Nova Orleans, Cantrell, para oferecer apoio", informa um comunicado da Casa Branca. "O presidente continuará a ser informado ao longo do dia."

Donald Trump, que assume a presidência em 20 dias, usou o caso para reforçar seu discurso contra imigração. "Quando eu disse que os criminosos que chegam são muito piores do que os criminosos que temos em nosso país, essa afirmação foi constantemente refutada pelos democratas e pela mídia fake news, mas acabou sendo verdade. A taxa de criminalidade em nosso país está em um nível que ninguém jamais viu antes", atacou Trump.

O presidente da Câmara dos EUA, Mike Johnson, chamou o ataque de "um ato de pura maldade". "A justiça deve ser rápida para qualquer um que esteja envolvido", afirmou no X. "Por favor, junte-se a nós em oração pelas vítimas, suas famílias e os primeiros socorristas e investigadores."

O ataque no popular French Quarter ocorreu poucas horas antes da cidade sediar o The Sugar Bowl. O jogo anual de futebol americano será disputado entre a Universidade da Geórgia e a de Notre Dame.

*Com informações da AFP

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