Petro pede para colombianos ilegais nos EUA voltarem 'imediatamente'

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, pediu nesta sexta-feira (31) para que colombianos que estejam ilegalmente nos Estados Unidos retornem para o país de origem ''o mais rápido possível''.

O que aconteceu

Petro solicitou que esses colombianos sem documento deixem imediatamente seus empregos nos EUA. Ele afirmou que ''a riqueza é produzida apenas por trabalhadores'' e, na sequência, convocou os nacionais a ''construírem riqueza social na Colômbia''.

O político disse que o governo dará ajuda aos que voltarem. Ele prometeu em publicação pelo X que o Departamento de Prosperidade Social oferecerá ''créditos produtivos'' aos cidadãos que retornarem ao país e se inscreverem em programas sociais.

A declaração de Petro foi feita dias após uma crise diplomática entre a Colômbia e os EUA. O conflito começou devido às deportações de colombianos anunciadas por políticas anti-imigratórias aplicadas pelo presidente Donald Trump nos primeiros dias de governo.

Os dois primeiros aviões com deportados chegaram a Bogotá nesta semana. Uma aeronave, voando de San Diego, Califórnia, levou para casa 110 colombianos e a outra, que partiu de El Paso, Texas, levou 91, disse o Ministério das Relações Exteriores da Colômbia no X.

Confronto entre Petro e Trump

Petro havia anunciado que impediu a entrada de aviões militares dos EUA com imigrantes deportados. Ele se juntou aos pedidos do Brasil para que o governo de Donald Trump tratasse seus cidadão com ''dignidade''. Ele acrescentou que só os receberia em voos ''civis''.

O presidente americano reagiu e impôs tarifas sobre os bens da Colômbia. Em seguida, Petro também anunciou que taxaria todos os produtos dos Estados Unidos que entrassem no território do país.

Pouco tempo depois, o político colombiano recuou. Ele desistiu de reagir à ameaça de taxação dos EUA e anunciou que aceitou todos os termos propostos por Trump em relação aos estrangeiros colombianos ilegais.

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Os dois países fecharam acordo. No termo está a cláusula de "aceitação irrestrita de todos os estrangeiros ilegais da Colômbia que retornarem dos Estados Unidos, inclusive em aeronaves militares dos EUA, sem limitação ou atraso", segundo o comunicado da Casa Branca.

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