Empresário é multado em R$ 9,6 milhões por iniciar incêndio no Pantanal
A Polícia Militar Ambiental de Corumbá (MS) autuou um empresário em R$ 9,6 milhões por ter iniciado o fogo que se alastrou pela Serra do Amolar no fim de janeiro.
O que aconteceu
O incêndio atingiu pelo menos 1.289,67 hectares, diz a polícia. Em nota, a entidade ambiental não esclarece o que teria ocasionado o incêndio, mas chegou à propriedade do autuado por meio de sistemas de georreferenciamento e outros levantamentos técnicos.
O empresário não teve o nome divulgado pela PMA. Ele foi autuado na última sexta-feira (2) e recebeu uma multa total de R$ 9.672.525,00. O UOL não conseguiu localizar a defesa dele. O espaço segue aberto para manifestação.
Local também foi identificado por organização que atua no Pantanal. O Instituto Homem Pantaneiro utilizou um sistema chamado Pantera, feito pela startup Um Grau e Meio e operado na sede do Instituto em Corumbá (MS), para rastrear a origem do incêndio.
Um pequeno proprietário rural da região pode ter começado o fogo na tentativa de limpar baceiro (vegetação flutuante que pode aglomerar-se de tal forma que cria pequenas ilhas que impedem o acesso a corixos ao longo do rio Paraguai) que estava no acesso para a propriedade.
Nota do Instituto Homem Pantaneiro na época do início do incêndio
O fogo começou a se alastrar no dia 27 de janeiro. Brigadistas do Instituto e de outras organizações, como o SOS Pantanal, atuaram na região para conter as chamas. Os Bombeiros de Mato Grosso do Sul também enviaram efetivo.
Apesar de controlado, ainda havia focos de incêndio ativos no domingo (4), afirma organização. "Foram destruídos quase 2,7 mil hectares", diz o Instituto.
Serra do Amolar é Patrimônio Natural da Humanidade. A biodiversidade única na região acontece por sua variedade de terrenos e paisagens, com áreas com características de Mata Atlântica, de Pantanal e de Amazônia.