As especulações se confirmaram: o jurista Ricardo Lewandowski, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, é o novo ministro da Justiça (no lugar de Flávio Dino, que foi para o Supremo). O presidente Lula indicou Lewandowski para o cargo, que ele deverá assumir em fevereiro. E virá justamente do Supremo o primeiro grande desafio dele no ministério, comenta nosso colunista Josias de Souza. "Vence em abril o prazo de seis meses concedido pelo STF para que o governo federal apresente um plano de retomada do controle dos presídios pelo Estado. O sistema prisional está dominado por facções criminosas e convive com a violação em massa dos direitos mais elementares". Josias observa que Lewandowski, agora do outro lado do balcão, "descobrirá rapidamente que Judiciário e Executivo são estruturas muito distintas". O novo ministro deverá levar para ser o seu "número 2" o ex-secretário-geral do Supremo, Manoel Carlos de Almeida Neto, nos conta a editora-chefe de Brasília, Carla Araújo.
O que, se confirmado, pode resultar no descarte de um coringa que o governo Lula teve na área da segurança pública em seu primeiro ano deste mandato: Ricardo Capelli, o braço-direito de Flávio Dino. Leonardo Sakamoto lembra que Capelli ajudou a colocar ordem na casa e teve papel central em algumas pautas críticas da segurança em 2023. Capelli ser descartado, na visão de Sakamoto, não seria nada esperto da parte do governo. |