A notícia da morte de Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah, após um ataque israelense em Beirute ontem, marca um ponto de inflexão na já volátil dinâmica do Oriente Médio. Ao longo de mais de três décadas à frente da organização, Nasrallah foi uma figura central não apenas para o Hezbollah, mas para a resistência xiita no Líbano e sua luta contra Israel. Seu assassinato, ontem, sinaliza não apenas um duro golpe para o grupo, mas também um prenúncio de uma nova fase de confrontos regionais. Nasrallah assumiu a liderança do Hezbollah em 1992, após o assassinato de seu predecessor, Abbas al-Musawi, também vítima de uma operação israelense. Sob sua liderança, o Hezbollah passou por uma expansão significativa, tanto em termos políticos quanto militares. Foi Nasrallah quem consolidou o poder do grupo no sul do Líbano, transformando-o em uma força paramilitar e política capaz de influenciar diretamente o destino do país. Sua maior conquista foi, sem dúvida, a retirada das tropas israelenses do Líbano em 2000, um feito celebrado por seus seguidores como uma grande derrota militar de Israel. |