Na última semana, às margens da Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU), o Brasil organizou, ao lado da China, uma reunião com diversos países para discutir uma proposta de mediação da crise no Leste Europeu. Intitulada "Amigos da Paz", a iniciativa foi idealizada para promover o debate sobre uma solução diplomática ao conflito entre a Rússia e a Ucrânia, tentando posicionar o Brasil como ator relevante na arena internacional. No entanto, a proposta gerou controvérsias desde o seu anúncio. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, reagiu com clara insatisfação. Para Kiev, a proposta sino-brasileira é vista como desequilibrada e tendenciosa, favorecendo os interesses russos e ignorando as legítimas preocupações ucranianas. O principal ponto de crítica foi a falta de diálogo com a Ucrânia antes do anúncio do plano, o que gerou um clima de desconfiança em relação à proposta. |