De um tribunal militar que se dedica a julgar militares espera-se o pior. Mas o que veio do Superior Tribunal Militar foi bem pior do que o esperado. Absolveu os oito militares do Exército que haviam sido condenados a penas de 28 a 31 anos de cadeia por executar o músico Evaldo Rosa, no Rio de Janeiro, em 2019. Reduziu para três anos e seis meses, em regime aberto, a pena pelo assassinato do catador Luciano Macedo, baleado quando tentava socorrer o músico. Certas decisões judiciais dão a impressão de que o país convive com um Judiciário que desafia a própria sorte numa roleta russa em que dispara veredictos disparatados contra a opinião pública. Evaldo levava a família para um chá de bebê. Os militares alegam ter confundido o carro dele com o de um criminoso. Fuzilaram com 257 tiros o músico e o catador que tentou ajudá-lo. |