Tudo começou pela mãe. Embalado pelas canções que vinham de dona Claudina Passos Gil Moreira, aos dois anos, o pequeno Gilberto Gil decidiu o que queria ser: "musgeiro". Ou "músico", como tentava pronunciar. A certeza ganhou ainda mais força quando Gil visitou a África nos anos 70. E de lá, "nunca mais foi o mesmo", como ele diz. Adotando o violão como melhor amigo, levou canções aos ouvidos de toda a família, cuja maioria seguiu o caminho da música.

O cantor, sua esposa, Flora Gil, e os filhos Nara, Bela e José participaram do especial de Ecoa "Origens: A música no DNA da família Gil", produzido por MOV.doc, selo de documentários do UOL, em parceria com Ecoa e o Núcleo de Diversidade. Nele é possível conferir as diversas reflexões da família após a realização do teste de DNA que mostra as origens geográficas dos seus antepassados.

Como não só de música vive Gilberto Gil, o autor da música "Refazenda", que cita "abacateiro, tomate e mamão", levou para a filha Bela Gil o apreço pela alimentação saudável, yoga e meditação. Para Bela, as influências viraram pratos coloridos, vegetarianos e orgânicos.

***

CASSAÇÃO... A Câmara Municipal de Curitiba (PR), decidiu pela cassação do mandato do vereador Renato Freitas (PT). O vereador virou alvo de um processo por quebra de decoro parlamentar após participar de uma manifestação pelos assassinatos de Moïse Kabagambe e Durval Teófilo Filho, organizada pelo Coletivo Núcleo Periférico, na Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos.

***

ITAMARATY... Depois de uma batalha judicial que durou cinco anos, as candidatas negras — a economista e quilombola Rebeca Mello, 28 anos, e a publicitária ex-integrante do movimento negro Verônica Couto, 38 — conseguiram ingressar no Itamaraty como cotistas. Antes, elas tinham sido consideradas "brancas".

***

PREMIAÇÃO... O fundador do Gastronomia Periférica, Edson Leite, foi o único brasileiro a figurar na lista de 10 finalistas da oitava edição do Basque Culinary Word Prize (BCCP), prêmio criado pelo Centro Culinário Basco e o governo do País Basco. O resultado faz uma menção honrosa ao trabalho do chef, que desde 2012 aposta no negócio social que capacita jovens da quebrada para trabalhar com comida e bebida.

***

TECNOLOGIA... Um estudo de três universidades dos EUA atesta que robôs podem reproduzir comportamentos sexistas e racistas, mesmo que jamais tenham sido programados para isso. Basta que sua inteligência artificial seja construída com modelos de redes neurais que já tenham esses tipos de comportamento.

PUBLICIDADE

"Enquanto a Colômbia, que tem menos de 10% da população autodeclarada afrodescendente, acaba de eleger Francia Márquez vice-presidente da República, no Brasil, os negros, que formam mais de 50% dos brasileiros, ainda estão longe de serem representados de forma equânime na política".
André Santana, jornalista.

Em Notícias, André Santana analisa que o PT tem na base muitas 'Francias Márquez' preteridas em candidaturas.

Em Universa, Cris Guterres pontua que uma menina de 11 anos foi vítima de estupro, mas transformada em criminosa, e Ana Paula Xongani afirma em seu diário de viagem que o melhor é se conectar com quem produz a arte local.

Em VivaBem, Larissa Cassiano enfatiza que criança não é mãe, e Alexandre da Silva fala sobre mudar a narrativa da vida para envelhecer bem.

E em Ecoa, Anielle Franco reforça o pedido de Justiça por Bruno e Dom e fala sobre Brasil e a violência contra ambientalistas. E Eduardo Carvalho orienta aqueles que querem ser 'aliados' da causa LGBTQUIAP+.

"Seguimos em frente porque entendemos que o Ballet vai além das aulas de dança. Ele tem um papel social de impacto transformador na vida de todos os alunos que chegam até nós. Não podíamos deixar a nossa dor nos parar e deixar órfãos mais de 410 alunos e um território inteiro".
Carine Lopes, presidente do Ballet Manguinhos

Fundado em 2012, o Ballet Manguinhos, no Rio de Janeiro, é uma iniciativa criada pela professora e bailarina Daiana Ferreira, morta em 2021 em decorrência da covid-9. A atual presidente do projeto, Carine Lopes, conta que Daiane percebeu que naquela comunidade não havia nada que tirasse as crianças e jovens da ociosidade. Por isso, começou a dar aulas de balé em um espaço cedido por uma igreja e nos primeiros dias já havia 70 nomes na lista de espera.

No episódio #84 de Papo Preto, o apresentador Yago Rodrigues conversa com a pesquisadora de forró tradicional, DJ Preta Barros, que também é fundadora do Forró Sound System, que leva as músicas e a cultura do forró para as ruas de Salvador desde 2015. Preta levanta questões sobre como o racismo e o mercado musical embranquecem e apagam a origem popular desta expressão artística.