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Mais que um ataque: a oportunidade para um despertar

A ação iraniana não foi apenas um gesto sem danos ou concebida só como "sinos e assobios", ao contrário do que dizem os especialistas.

Foram mais de 300 objetos voadores programados para atingir Israel no mesmo momento, com três tipos de armas fundamentalmente diferentes — mísseis de cruzeiro, mísseis balísticos e UAVs.

Obviamente que o Irã, conhecido por sua tradição em violar os direitos humanos e particularmente o direito das mulheres, estava tentando penetrar nas defesas de Israel e matar israelenses.

Este agressor tentou bater em Israel mais de 300 vezes e só conseguiu sete vezes — portanto conseguiu, uma vez que há uma menina árabe-israelense de 7 anos, chamada Amina Elhasuny, lutando por sua vida.

Nos últimos 30 anos, o Irã tem causado estragos na região por meio dos seus representantes sendo um deles o próprio Hamas. Fato é que o regime iraniano faz-me lembrar o regime soviético de 1985: corrupto até a medula, velho, incompetente, desprezado pelo seu próprio povo e destinado ao colapso.

Podemos, como alguns pretendem, enxergar o momento com preocupação. Podemos, como outros imaginam, relativizar termo e atitude fruto de um modismo progressista. Ou podemos acordar e acelerar o colapso inevitável de um regime fundamentalista que desrespeita liberdades individuais e coletivos, esperançoso em varrer Israel do mapa e matar todos os judeus e, inclusive, cristãos, pois nada que fuja de seu ritual interessa.

O mundo deve entender que Israel está travando a guerra de todos e, para frustração do Irã, de forma coordenada até com muitos países do mundo árabe.

Disparar mísseis e drones em direção a cidades densamente povoadas com a intenção de matar e de destruir um país é algo muito sério e que merece mais que gestos de preocupação.

Em vez de condenar a agressão, o sectarismo e o antissemitismo tentam transferir a responsabilidade da violência para a vítima. Chega a ser inacreditável restringir pedidos para que o agredido tenha bom senso sem condenar o agressor. É vergonhoso.

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O que ocorre no Oriente Médio não é uma disputa entre esquerda e direita, mas sim um enfrentamento entre modelos de sociedade. De um lado, a civilização. Do outro, a barbárie de um regime e de seus fantoches, que buscam a instauração de uma ditadura religiosa global. A partir de agora, os papéis de cada um e suas intenções estão claras. Temos que fazer nossas opções.

E nós aqui estamos buscando, por meio da verdade, contribuir para uma sociedade mais solida e solidária. Continuaremos trabalhando para construir pontes. A história, mais cedo ou mais tarde, se encarregará de julgar quem se coloca contra o amanhã de liberdade e de democracia. Mas fato é que seguiremos lutando por estes valores, fundamentais para uma sociedade, está sim, progressista e inclusiva.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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