Justiça decreta prisão preventiva de agressor, que vai para cadeia federal
O UOL encerra por hoje a cobertura minuto a minuto do dia seguinte ao ataque a faca contra o candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro. Ele está internado em São Paulo e, segundo o último boletim médico, está em "boas condições clínicas". Clique para ler as últimas notícias sobre as eleições:
O relógio da sala de espera marcava 15h40 quando um tumulto tomou conta da Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora, no interior de Minas Gerais. O candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) chegava ao pronto-socorro do local carregado por seus seguranças.
Amigo e advogado do presidenciável Jair Bolsonaro, o presidente em exercício do PSL, Gustavo Bebianno, foi ao Rio de Janeiro nesta sexta-feira (7) levar a mulher do candidato, Michelle, para que ela ficasse com a filha do casal, de 7 anos. No início da noite, ele se dirigia a São Paulo para voltar a acompanhar o candidato, no hospital onde Bolsonaro está internado se recuperando da cirurgia a que foi submetido depois de levar uma facada nesta quinta, em Juiz de Fora (MG). Ao UOL, Bebianno disse ter a impressão que o deputado ?já estava preparado para isso acontecer?, como se fosse uma etapa do processo. Ele destacou que Bolsonaro é ?muito forte e resiliente?, e já está até fazendo piada.
A campanha de Geraldo Alckmin (PSDB) retirou inserções da propaganda política que criticam o candidato Jair Bolsonaro (PSL) previstas para serem veiculadas de sexta-feira (7) até domingo (9). A decisão foi tomada após o ex-capitão do exército, líder nas pesquisas de intenção de voto, ser esfaqueado em Juiz de Fora. Ele está internado em São Paulo.
O presidente Michel Temer está reunido com os ministros da Justiça, Torquato Jardim; do Gabinete de Segurança Institucional, Sérgio Etchegoyen; e da Segurança Pública, Raul Jungmann, para analisar o "cenário de segurança" por conta do ataque a Jair Bolsonaro. A reunião acontece no Palácio da Alvorada, informou a Presidência.
A defesa de Adélio Bispo de Oliveira se manifestou pela primeira vez na noite desta sexta-feira (1º) e alegou que as declarações de suposto cunho racista do presidenciável Jair Bolsonaro foram o "combustível" para que ele atacasse o candidato. Adélio deu uma facada no político durante atividade de campanha em Juiz de Fora (MG), na quinta-feira (6).
O atentado com uma faca na quinta-feira (6) contra o candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, lança ainda mais incerteza sobre a mais imprevisível disputa pela Presidência da República desde a redemocratização, e coloca em compasso de espera as campanhas dos demais candidatos que vinham centrando ataques no postulante do PSL, o líder da disputa.
A socióloga Esther Solano, autora de estudos sobre o que pensam os eleitores de Jair Bolsonaro (PSL), afirma que o atentado contra o candidato deverá fortalecer a campanha presidencial dele, acentuar o antiesquerdismo e ainda dar legitimidade a propostas polêmicas, como a de armar o cidadão.
"Enquanto Jair Bolsonaro estava sendo operado na Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora, após o lamentável atentado que sofreu em uma atividade de campanha no centro da cidade mineira, parte das redes sociais começava a trilha um caminho sombrio", diz o blogueiro do UOL Leonardo Sakamoto. "Dada a ultrapolarização que nos assola, militantes de ambos os lados ignoraram até mesmo que todos os candidatos envolvidos na disputa presidencial repudiaram o ataque, externaram desejos de pronta recuperação ao candidato e pediram equilíbrio e tranquilidade à população."